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O QUE FREUD ENSINARIA AOS PAIS SOBRE COMO ESCLARECER AS CRIANÇAS SOBRE QUESTÕES SEXUAIS?

Segundo as teorias de Freud, "Nosssa única diretiva na educação das crianças é que elas nos deixem em paz, que não nos oponham dificuldade alguma." (1908). Como alternativa, há uma educação menos coercitiva, na qual não repressiva dos adultos frente à sexualidade infantil, acrescida dos devidos esclarecimentos sexuais, poideria evitar o desenvolvimento de uma neurose. Sua condição de dependência dos cuidados e ensinamentos dos adultos pela verbalização mas se os mesmo apresentam essa dificuldade seria necessario a intervenção de um analista para melhores esclarecimentos para colaborar nas associações, suprir aa insuficiência de expressão espontânea da criança e esclarecer nas dúvidas que aparecer, num papel próximo ao educador. Mas, o interessante seria os proprios pais cumprisse esse papel.
A sexualidade infantil que escapa do controle, que independe de ensinamentos, esclarecimentos e cuja as fases não são determnadas por um desenvolvimento cronológico, mas por modos de organização da pulsão. É a concepção da criança como sujeito produzido por um desejo incosciente, que é necessário evitar o recalcamento para que se presentifique numa neurose, mas é transferivel possibilitando a reedição de sua história e o autoconhecimento.
O que Freud simplismente coloca é que respeitamos as crianças e suas pulsões inatas, perceber o momento certo e sua intensidade das colocações em relação ao assunto suprindo as duvidas das crianças evita neuroses futuras, apresentando a vida sexual de uma forma que a criança não fique assustada, mas que ela entenda o ato em si e suas finalidades.

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Pesquisa aponta que a terapia cognitivo-comportamental de curta duração é uma forte arma contra a insônia

Já há fortes evidências de que, para o tratamento da insônia, a eficácia da terapia cognitivo-comportamental (TCC) é semelhante à dos medicamentos hipnóticos, e é até mesmo superior quando se avalia a satisfação dos pacientes em longo prazo. Uma pesquisa publicada esta semana pelo periódico oficial da Associação Médica Americana (JAMA) testou se a TCC quando aplicada por um curto período de tempo também é eficaz contra a insônia. Os resultados foram bem animadores.
Pesquisa aponta que a terapia cognitivo-comportamental de curta duração é uma forte arma contra a insôniaForam estudados 79 indivíduos com uma média de idade de 72 anos e que tinham o diagnóstico de insônia crônica entre outros problemas de saúde. Metade deles foi submetida a uma TCC de curta duração, enquanto a outra metade recebeu apenas material educacional impresso sobre insônia. A TCC, que costuma levar de seis a oito sessões individuais no seu início, foi transformada em uma visita inicial de 45 a 50 minutos seguida por uma segunda visita de 30 minutos após duas semanas. Uma e três semanas após essa segunda visita, o voluntário ainda recebia duas ligações telefônicas de 20 minutos. Além disso, os participantes de ambos os grupos foram monitorados por um aparelho chamado de actígrafo, que mede o tempo que a pessoa fica imóvel durante a noite, supostamente dormindo, e também eram orientados a preencher um diário de sono.
Os resultados mostraram que os idosos que foram submetidos à psicoterapia apresentaram uma melhora do padrão do sono bem superior, evidenciado tanto pelo diário do sono como pela medida objetiva da actigrafia. Os ganhos mostraram-se sustentáveis mesmo após seis meses da intervenção.
A TCC a princípio permite que a pessoa estabilize seu ritmo de sono e vigília ao criar uma rotina que inclui:
1- Fixar um horário certo de ir para a cama e de acordar;
2- Ir para a cama só quando estiver com sono;
3- Evitar dormir durante o dia;
4- Evitar atividades na cama que não sejam a de dormir e ter relações sexuais;
5- Evitar passar tempo excessivo na cama tentando dormir. Quando não se consegue dormir, é preferível levantar e sair do quarto até que volte a sentir sono.
A TCC também ajuda as pessoas a aprender novas maneiras de pensar, substituindo crenças e conceitos negativos por outros positivos.
A pesquisa é muito importante por mostrar que terapias não medicamentosas para combater a insônia podem ser eficazes, mesmo entre idosos com múltiplos problemas de saúde. Esses resultados devem incentivar ainda mais os médicos a evitar/retirar medicações hipnóticas de pacientes idosos, já que é maior a chance de efeitos adversos nessa faixa etária, como é o caso de redução do desempenho cognitivo e risco de quedas. Além disso, essas medicações, em vez de melhorar a qualidade do sono, podem muitas vezes até piorar.
É interessante observar  que os resultados foram obtidos por uma enfermeira sem experiência prévia em medicina do sono ou em intervenções comportamentais para insônia. Isso indica que o método pode ser difundido para uma grande gama de profissionais de saúde, especialmente da enfermagem.
Outras dicas para uma boa noite de sono:
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas por no mínimo 6 horas antes de dormir. O álcool pode alterar a arquitetura do sono e aumentar o número de apneias nos portadores de apneia obstrutiva do sono;
• Evitar o uso de bebidas estimulantes como café, chá-preto, verde ou mate e energéticos por no mínimo 6 horas antes de dormir;
• Evitar refeições pesadas antes de dormir;
• Praticar exercícios físicos regularmente, evitando fazê-los próximos ao horário de dormir;
• Procurar relaxar física e mentalmente pelo menos 2 horas antes de dormir. Um bom hábito é ter uma agenda para escrever os compromissos e prioridades do dia seguinte para que se possa ir para a cama sem se preocupar com aquilo que não se deve esquecer no dia seguinte;
• Melhorar o ambiente do sono. O quarto em que se dorme deve ser confortável, silencioso, escuro e com temperatura adequada. Para as pessoas que têm alergia, carpetes ou outros materiais que acumulem poeira devem ser evitados.
-FONTE

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Maridos hostis e antissociais contribuem para o aumento dos sintomas de depressão em esposas

No mundo todo, o número de indivíduos que sofrem de transtornos depressivos tem aumentado. As causas da depressão variam de pessoa para pessoa, mas um novo estudo da Universidade do Missouri, nos EUA, indica que a hostilidade do parceiro é um fator que contribui para a doença. Quanto mais tempo esposas compartilham o espaço com cônjuges violentos, maiores as chances de sintomas de depressão se tornarem cada vez piores.
“No estudo, a hostilidade marital, especialmente por parte dos maridos, esteve relacionada diretamente com o aumento dos sintomas de depressão nas esposas”, diz Christine Proulx, pesquisadora envolvida no estudo. “Os resultados deixam claro que o nível de hostilidade dentro do relacionamento tem um efeito devastador nos casais e isso continua enquanto durar o casamento.”
Esposas com comportamentos violentos, entretanto, não causam o mesmo efeito nos homens, a não ser que estejam associados a eventos traumáticos, como a morte de alguém próximo ou a perda do emprego.
“É importante que os profissionais de saúde que acompanham pacientes do sexo feminino estejam atentos a esse tipo de informação. É necessário ter em mente que um relacionamento estressante pode piorar os sintomas da depressão e muitas vezes refletir na saúde. Como as pessoas reagem a esse tipo de evento pode significar muito para a saúde emocional e o bem-estar físico em longo prazo”, finaliza Proulx.

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LEMBRANDO-SE DO SONHO

Dizem que 5 minutos depois do fim de um sonho, esquecemos 50% do seu conteúdo. Dez minutos mais tarde, esquecemos 90% de seu conteúdo. Por que isso acontece? Não esquecemos das nossas ações diárias tão rápido. Por serem tão difíceis de se lembrar, parece que a importância deles é menor.
Teorias
Freud criou a teoria de que esquecemos dos sonhos porque eles contêm nossos pensamentos e desejos reprimidos, portanto, não iríamos querer lembrá-los de qualquer maneira. Outra pesquisa aponta para a simples razão de que outras coisas entram no caminho. Estamos sempre pensando, então, lembrar de alguma coisa quando acordamos é difícil.
L. Strumpell, um pesquisador de sonhos da mesma época de Freud, acreditava que várias coisas contribuíam para não sermos capazes de lembrar dos sonhos. Em primeiro lugar, ele dizia que muitas coisas são rapidamente esquecidas quando você acorda, como as sensações físicas. Ele também considerou o fato de que muitas imagens do sonho não são tão intensas e, conseqüentemente, seriam facilmente esquecidas. Uma outra razão, provavelmente a mais forte de suas teorias, é que tradicionalmente aprendemos as coisas e lembramos delas tanto por associação quanto por repetição. Como, em geral, os sonhos são únicos e de algum modo vagos, é uma razão para não conseguirmos lembrá-los. Por exemplo, se alguém fala uma frase para você que não faz sentido de imediato no que já vivenciou, talvez você precise que a pessoa repita-a para lembrá-la ou até entendê-la. Já que não podemos voltar para nossos sonhos para vivenciar algo de novo, os detalhes que são alheios à nossa experiência sempre nos escapam.
Como lembrar dos seus sonhos

um bloco de papel, lápis e uma borracha
Foto cedida Morguefile
Há muitas fontes tanto na web quanto impressas que vão te dar dicas sobre como lembrar de seus sonhos. Aqueles que acreditam que temos muito a aprender sobre nós mesmos com nossos sonhos são grandes patrocinadores das revistas sobre sonho. Aqui estão alguns passos que podem ajudá-lo a lembrar mais de seu sonho:
  • Quando você for dormir, diga a si mesmo que vai se lembrar de seus sonhos.
  • Acerte seu despertador para cada uma hora e meia e você vai despertar nos horários que terminará o sono REM, quando você irá provavelmente se lembrar de seus sonhos (ou beba bastante água, antes de ir dormir, para assegurar-se de que terá de acordar pelo menos uma vez no meio da noite).
  • Deixe um bloco de papel e lápis próximo à sua cama.
  • Tente acordar devagar para se manter no "clima" do seu último sonho.

A criatividade e as invenções que vieram dos sonhos
Ao longo da história, inventores, escritores, artistas e cientistas têm resolvido problemas nos seus sonhos.
  • Kekulé, o químico alemão que descobriu a estrutura da molécula do benzeno, trabalhou incansavelmente para imaginá-la. Em um sonho, ele viu cobras formando círculos com suas caudas na boca. Quando ele acordou, percebeu que a molécula de benzeno, diferente de todos os outros componentes orgânicos conhecidos, tinha uma estrutura circular em vez de linear.
  • O inventor da máquina de costura, Elias Howe, se esforçou, em 1884, para imaginar como a agulha poderia funcionar em uma máquina de costura. Em um sonho, ele estava cercado por tribos nativas com lanças que tinham um buraco na ponta. Quando ele acordou, percebeu que uma agulha com um buraco na ponta resolveria seu problema.
  • Mary Shelly, autora de "Frankenstein," teve a idéia da história a partir de um sonho.
  • Edgar Allan Poe se inspirou em um sonho em que apareciam grandes olhos luminosos para sua história "Lady Ligia."
  • Muitos músicos, incluindo Paul McCartney, Billy Joel e Beethoven, encontravam inspiração para sua música nos sonhos. Alguns escutam arranjos musicais em seus sonhos, enquanto outros escutam as letras das músicas.
  • O jogador de golfe Jack Nicklaus descobriu uma nova maneira de manter seu clube de golfe em um sonho que ele julga ter sido a razão da melhora significativa em seu jogo de golfe. 

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O sonho e o cérebro

Quando dormimos, passamos por 5 estágios de sono. O primeiro é um sono bem leve do qual é fácil acordar. O segundo estágio vai para um sono um pouco mais profundo e os estágios 3 e 4 representam nosso sono mais profundo. Nossa atividade cerebral durante esses estágios é gradualmente reduzida até o sono profundo, em que não experimentamos nada além de ondas cerebrais delta, as ondas de menor freqüência (veja "Ondas Cerebrais"). Aproximadamente 90 minutos depois de irmos dormir e depois do quarto estágio de sono, começamos o sono REM.
ilustração dos 5 estágios do sono
O movimento rápido dos olhos (REM) foi descoberto em 1953 por pesquisadores da Universidade de Chicago Eugene Aserinsky: um estudante de fisiologia e Nathaniel Kleitman, Ph.D., professor de fisiologia. O sono REM é caracterizado pelos movimentos dos olhos e é o quinto estágio do sono.

Ondas cerebrais
Nosso cérebro circula através dos quatro tipo de ondas cerebrais, referidas como delta, teta, alfa e beta. Cada tipo de onda cerebral representa uma velocidade diferente de oscilação de voltagens elétricas no cérebro. Delta é o mais lento (de 0 a 4 ciclos por segundo) e está presente no sono profundo. Teta (de 4 a 7 ciclos por segundo) está presente no estágio 1, quando estamos com sono leve. Ondas alfa, operando de 8 a 13 ciclos por segundo, ocorre durante o sono REM (assim como quando estamos acordados). E as ondas beta, que representam os ciclos mais rápidos de 13 a 40 por segundo, são somente vistas em situações de muito estresse ou situações que exigem muita concentração mental e foco. Essas quatro ondas cerebrais são registradas pelo eletroencefalograma (EEG).
Durante o sono REM, várias mudanças fisiológicas ocorrem. A freqüência dos batimentos cardíacos e a respiração aceleram, a pressão arterial aumenta. Não podemos regular a temperatura do corpo; nossa atividade cerebral aumenta ao mesmo nível (alfa) em quando estamos acordados, ou num nível ainda mais alto. O resto do corpo, entretanto, está essencialmente paralisado durante o sono REM. Esta paralisia é causada pela liberação de glicina, um aminoácido, do tronco cerebral nos motoneurônios (os neurônios que transmitem os impulsos do cérebro ou da medula espinhal). O sono REM é o estágio em que a maior parte do sonho acontece, então, esta paralisia poderia ser o modo da natureza ter certeza de que não começaríamos a agir como em nossos sonhos. Por outro lado, se você está dormindo perto de alguém que está sonhando chutando uma bola, você pode levar um chute várias vezes enquanto você dorme. Os 4 estágios exceto o sono REM são chamados de sono não-REM (NREM). Embora a maioria dos sonhos aconteça durante o sono REM, pesquisas mais recentes mostram que os sonhos podem ocorrer durante qualquer estágio do sono. Tore A. Nielsen, Ph.D. do Laboratório do sonho e pesadelo (em inglês) em Montreal, se refere a isto como ",sono REM oculto" que aparece durante o sono NREM. Entretanto, a maioria dos sonhos NREM não tem a intensidade dos sonhos REM.
Durante a noite, passamos pelos 5 estágios várias vezes. Porém, cada ciclo subseqüente inclui mais sono REM e menos sono profundo (estágio 3 e 4). Pela manhã, temos quase todos os estágios de sono REM 1, 2 e 3.
Para mais detalhes sobre sono e ciclos do sono, veja Como funciona o sono.
Sono REM

um soldado do exército norte-americano dormindo
Foto cedida DVI
Um soldado do exército norte-americano dorme em uma prisão em Samara, Iraque
O que acontece se você não consegue ter o sono REM? No princípio, os pesquisadores pensavam que se não houvesse o sono REM significava não sonhar. Teorizavam que os sonhos eram um tipo de válvula de escape que ajudava seu cérebro a liberar a energia que você não conseguiu liberar durante o dia. William Dement, MD, agora na Universidade de Medicina de Stanford, realizou um estudo em 1960 em que todas as pessoas envolvidas na experiência eram acordadas toda vez que entravam no sono REM. Suas descobertas incluíram distúrbios psicológicos moderados, como ansiedade, irritação e dificuldade de concentração. Ele também notou um aumento no apetite. Enquanto alguns estudos apoiavam essas idéias, outros não aceitavam. Os estudos adicionais tentaram fazer uma conexão entre a dificuldade de lembrar das coisas e a falta de sono REM, mas estes estudos também vieram por terra com mais pesquisas. Um deslize incontestável da teoria da perda de memória foi um homem que teve um dano cerebral que o levou a não ter o sono REM. Ele concluiu a faculdade de direito e não teve problemas em sua vida diária.     
As últimas idéias sobre o sono REM são associadas à aprendizagem. Os pesquisadores estão tentando determinar os efeitos que o sono REM e a sua falta têm sobre a aprendizagem de certos tipos de habilidades, em geral físicas em vez de memorização. Essa conexão parece forte em alguns aspectos devido ao fato de que bebês e crianças entre 1 e 3 anos já tiveram muito mais sono REM que adultos.

Fatos sobre o sonho
  • A maioria dos sonhos duram de 5 a 20 minutos.
  • As pessoas não sonham somente em preto e branco como se pensava.
  • Embora talvez não se lembrem, todos sonham várias vezes por noite. De fato, durante uma vida normal, passamos aproximadamente seis anos sonhando.
  • As pessoas que são cegas de nascença têm sonhos que são formados por seus outros sentidos ( tato,  olfato etc.).
  • Quando as pessoas estão roncando, elas não estão sonhando.
  • Os elefantes (e alguns outros animais) dormem em pé durante o sono NREM, mas se deitam para o sono REM.  

    http://ciencia.hsw.uol.com.br/sonhos1.htm

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COMO FUNCIONAM OS SONHOS

Introdução



Nossos sonhos combinam estímulos verbais, visuais e emocionais em uma série de histórias fragmentadas e, às vezes, sem sentido, porém sempre muito interessantes. Às vezes, podemos até mesmo resolver problemas em nossos sonhos. Muitos peritos não chegaram a um acordo sobre qual deve ser o propósito de nossos sonhos. Será que eles são somente impulsos cerebrais ou nosso cérebro está realmente trabalhando em questões da nossa vida cotidiana enquanto dormimos, como se fosse um tipo de mecanismo de imitação? Será Que deveríamos nos preocupar até com a interpretação dos nossos sonhos? A resposta é sim! Temos muito o que aprender com eles.
uma pessoa dormindo
Neste artigo, vamos falar sobre as principais teorias dos sonhos, desde a visão de Freud até as hipóteses que afirmam podermos controlar nossos sonhos. Vamos descobrir o que os cientistas dizem que está acontecendo em nosso cérebro quando sonhamos e por que temos dificuldade para lembrar de nossos sonhos. Vamos falar sobre como você pode tentar controlar seus sonhos, tanto sobre o que está sonhando quanto o que vai fazer quando estiver sonhando. Vamos também descobrir o que os especialistas em sonhos dizem sobre o significado de cenários específicos. Sonhar que está no trabalho nu não significa o que você deve estar pensando!
Talvez sonhar

Filosofia do sonho
De acordo com Nietzsche, na época inicial da cultura, o homem acreditava que estava descobrindo um segundo mundo real no sonho, e a partir daí começou a origem de toda a metafísica. Sem sonhos, os humanos nunca teriam motivo para inventar essa divisão do mundo. A separação da alma e do corpo segue a mesma linha de interpretação de sonhos; assim como a idéia do corpo separado da alma, de onde surgiram todas as crenças em fantasmas e provavelmente em deuses também.
Por séculos, tentamos imaginar por que nossos cérebros exibem esses "shows noturnos" para nós. As civilizações antigas achavam que o mundo dos sonhos era real, o mundo físico que podia entrar somente a partir de seu estado de sonho. Os pesquisadores continuam discutindo muitas teorias sobre os sonhos. Estas teorias se dividem em duas categorias:
  • A idéia de que os sonhos são apenas estímulos fisiológicos.
  • A idéia de que os sonhos são uma necessidade psicológica.
A divisão teórica
As teorias fisiológicas são baseadas na idéia de que sonhamos para exercitar várias conexões neurais que alguns pesquisadores acreditam afetar certos tipos de aprendizagem. As teorias psicológicas são baseadas na idéia de que sonhar nos permite pôr em ordem problemas, acontecimentos do dia ou coisas que necessitam muito da nossa atenção. Alguns desses teóricos acham que os sonhos podem ser proféticos. Muitos pesquisadores e cientistas também acreditam que talvez haja uma combinação das duas teorias. Na próxima seção, vamos dar uma olhada em alguns dos principais teóricos de sonhos e o que eles dizem sobre por que sonhamos.

Teorias sobre o sonho

Sonhar em público
Durante a Era Romana, alguns sonhos eram submetidos ao Senado para análise e interpretação.
A primeira e principal teoria do sonho é a de Sigmund Freud. Pertencentes ao campo da psicologia, as teorias do Dr. Freud são baseadas na idéia de desejo reprimido, os desejos que não somos capazes de expressar em um ambiente social. Os sonhos permitem que a mente, inconscientemente, aja naqueles pensamentos e desejos inaceitáveis. Por esta razão, esta teoria sobre sonhos foca principalmente em desejos sexuais e simbolismo. Por exemplo, qualquer objeto cilíndrico em um sonho representa o pênis, enquanto uma caverna ou um objeto fechado com uma abertura representa a vagina. Portanto, sonhar com um trem entrando em um túnel representaria uma relação sexual. De acordo com Freud, este sonho indica uma vontade sexual reprimida. Freud viveu durante a era da repressão sexual vitoriana, o que, de alguma maneira, explica seu foco. Ainda assim, ele uma vez comentou que "Às vezes, um charuto é só um charuto."
Sigmund Freud e Carl Jung
Foto cedida pela Biblioteca do Congresso
Sigmund Freud (à esquerda) e Carl Jung
Carl Jung era discípulo de Freud, mas logo viu que suas idéias diferiam bastante, por isso resolveu seguir seu próprio caminho. Ele concordava com a origem psicológica dos sonhos, mas ao invés de dizer que os sonhos se originavam de nossas necessidades primárias e desejos reprimidos, ele considerava que os sonhos nos permitia refletir sobre nossos "eus" e resolver nossos problemas ou examinar questões.


Mais recentemente, por volta de 1973, os pesquisadores Allan Hobson e Robert McCarley estabeleceram uma outra teoria que descartava as velhas idéias psicanalíticas. A pesquisa deles sobre o que estava acontecendo no cérebro durante o sono lhes deu uma idéia de que os sonhos eram simplesmente o resultado de impulsos elétricos aleatórios que puxavam imagens dos traços de experiência armazenadas na memória. Eles criaram a hipótese de que essas imagens não formam histórias que lembramos como nossos sonhos. Ao invés disso, nossas mentes despertas, numa tentativa de fazer com que as imagens tenham sentido, cria histórias sem nós mesmos percebermos, simplesmente porque o cérebro quer dar sentido ao que ele experimentou. Esta teoria, conhecida como a hipótese da síntese-ativação, criou uma grande abertura na área da pesquisa dos sonhos, resistiu ao teste do tempo e é ainda uma das teorias de sonhos mais aceitas. Vamos dar uma olhada um pouco mais a fundo no que realmente acontece no cérebro quando dormimos.
FONTE: http://ciencia.hsw.uol.com.br/sonhos1.htm

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A.C.A.L.M.E.-S.E.

A chave para lidar com um estado de ansiedade é aceita-lo totalmente, permanecendo no presente fazendo-a desaparecer. Utilizando a estratégia do A.C.A.L.M.E.-S.E., são oito passos, usando -a, você estará apto(a) para que sua ansiedade desapareça ou diminua a frequencia:



A = Aceite sua anciedade. Um dicionário define aceitar como dar "consentimento em receber". Concorde em receber as suas sensações de ansiedade. Mesmo que lhe parece absurdo no momento, aceite suas sensações em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um hóspede inesperado e desconhecido ou uma dor incômoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações. Resistindo, você estará prolongando e intensificando o seu desconforto. Ao invés disso, flua com ela.

C = Contemple as coisas a sua volta. Não fique olhando dentro de você, observando tudo e cada coisa que sente. Deixe acontecer com o seu corpo o que ele quiser, sem julgamento: nem bom, nem mau. Olhe à sua volta, observando cada detalhe da situação em que você está. Descreva-os minuciosamente para você, como um meio de afastar-se de sua observação interna e ligar-se nos acontecimento externos, melhor se sentirá. Esteja com ansiedade, mas não seja ela; seja apenas o observador dela.

A = Aja com sua ansiedade. Aja como se você não estivesse ansioso (a), isto é, funcione com sua sensaçeos de ansiedade. Diminua o ritimo, a velocidade com que você faz as coisas, mas mantenha-se ativo (a)! Não se desespere, interrompendo tudo para fugir. Se fugir, a sua ansiedade dimirá, mas seu medo aumentará, donde na próxima vez sua ansiedade será pior. Se você ficar aonde está - e continuar fazendo suas coisas - tanto sua ansiedade quanto o seu medo diminuirão. Continue agindo bem devagar!

L = Libere o ar de seus pulmões, bem devagar! Respire bem devagar, calmamente, inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Conte até três, devagarinho, na inspiração, outra vez até três  prendendo um pouco a respiração e até seis na expiração. Faça o ar ir para o seu abdome, estufando-o ao inspirar e deixando-o contrair-se ao expirar. Não encha os pulmões. Ao exalar, nao sopre: apenas deixe o ar sair lentamente pela boca. Procure descobrir o ritmo ideal da sua respiração, nesse estilo e nesse ritmo, você descobrirá como isso é agradavél.

M = Mantenha os passos anteriores. Repita cada um, passo a passo. Continue a: (1) aceitar sua ansiedade, (2) contemplar, (3) agir com ela e (4) respirar calma e suavimentea até que ela diminua e atinja um nível confortável. E ela irá, se você continuar repetindo estes quatro passos: aceitar, contemplar, agir e respirar.

E = Examine seus pensamentos. Talvez você esteja antecipando coisas catastróficas. Você sabe que elas não acontecem. Você já passou por isso muitas vezes e sabe que nunca aconteceu nada do que pensou que aconteceria. Examine o que você está dizendo para si mesmo e reflita racionalmente apra ver seo que pensa é verdade ou não: você tem provas sobre o que pensa é verdade? Há outras maneiras de entender o que está acontecendo? Lembre-se que você está apenas ansioso (a) - isto  pode ser desagradável, mas não é perigoso. Você está em perigo, mas tem provas reais e definitivas disso?

S = Sorria, você conseguiu! Você merece todo seu credito e todo seu reconhecimento. Você conseguiu, sozinho (a) e com seus proprios recursos, tranquilizar-se e superar esse momento. Não é uma vitória, pois não havia visitante de hábitos estranhos que você passou a compreender e aceitar melhor. Você agora saberá como lidar com visitantes estranhos.

E = Espere o futuro com aceitação. Livre-se do pensamento mágico de que você terá se livrado definitivamente , para sempre de sua ansiedade. Ela é necessária para você viver e continuar vivo (a). Em vez de considerar-se livres dela, surpreenda-se pelo jeito como a maneja, como acabou de fazer agora. Esperando a ocorrência de ansiedade no futuro, você estará em uma boa posição para lidar com ela novamente.

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TRANSTORNO DE PÂNICO E AGORAFOBIA

São um dos problemas mais frequentes incapacitantes na área dos transtornos de ansiedade. A experiência de quem tem ataque de pânico é simplesmente aterrorizadora, pois além de uma enorme carga de ansiedade na expectativa que algo assim possa acontecer novamente, o corpo reage de uma forma completamente real aos sintomas fazendo uma peregrinação aos médicos e hospitais como resultado disso: transtorno de pânico.
O termo agorafobia foi proposto em 1871, onde relatavam-se pacientes com temor de lugares públicos, e no discursos dos pacientes havia o termo de agora que do grego significa tanto uma assembleia de pessoas como um lugar amplo com multidões.
Os sintomas e pânico podem ser confundidos com algumas doenças físicas, como o hipertireoidismo, em que a maioria dos pacientes queixam-se de ansiedade, taquicardia, palpitações, sudorese, dispinéia, irritabilidade, diarreia e prolapso da válvula mitral (especialmente em casos de pânico sem medo). Outros diagnósticos de doenças físicas podem ser a labirintites, hipoglicemias e fenocromocitomas.
Os fatores biológicos de base genética são os determinantes principais para o surgimento dos sintomas de TP, sendo de base neuroquímicas, baseando-se principalmente nos neuromoduladores do Sistema Nervoso Central, com isso foram formulados conhecimentos disponíveis sobre os mecanismos de ação dos medicamentos eficazes no tratamento. Os modelos de neurotransmissores como os noradrenérgico, serotonérgico e gabaergico e a maior parte dos estudos psicológicos sobre o transtorno de pânico e agorafobia pode ser enquadrada na vertente cognitivo- comportamental, os pacientes avaliados (Bowlby, 1977) caracterizavam-se por neuróticos e tinham características em comum:
* passivos, suaves, ansiosos, tímidos, dependentes;
* história de dependência, baixa assertividade e ansiedade de separação;
* ansiedade social elevada;
* medo de avaliações negativas;
* dificuldades em lidar com raiva e criticas e de resolver problemas;
* tendência a concordar com os outros, a representar a si mesmos como fracos e aos outros como fortes, a sentirem-se dependentes dos outros para ter desempenho adequado;
* inibição comportamental e reações autonômicas em situações familiares desde a infância;
* dificuldades em discriminar eventos desencadeantes de sofrimento emocional e de discriminar e verbalizar estados emocionais.


 

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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

A TCC se apresenta como um modelo de tratamento individualizado, profundo e bastante distanciado de qualquer receita simples ou panaceia padronizada para todos os casos
Durante o período de nosso contato com alunos de diversas origens interessados na formação em terapia cognitivo-comportamental (TCC) no Centro de Psicologia Aplicada e Formação em TCC (CPAF-RJ), encontramos muitas visões (crenças) a respeito deste modelo. Alguns consideram que esta é uma terapia superficial que trata de sintomas, mas não se aprofunda nas reais fontes dos conflitos, de modo a gerar resultados apenas transitórios e paliativos. Outros consideram o modelo como rígido e inflexível, de modo a apenas beneficiar algumas poucas categorias de pacientes. Outros ainda consideram que este é um modelo baseado na aplicação de princípios estudados em ratos e outros animais e que não fazem justiça à complexa subjetividade do sujeito paciente.
A cognição influencia o comportamento, ou seja, os pensamentos que resultam das interpretações que fazemos ao longo da relação com o mundo (interno ou externo) são importantes para entender o modo como nos emocionamos nesta transação. As emoções estão fortemente vinculadas ao nosso modo de pensar. O medo e a ansiedade estão relacionados a avaliações (interpretações) de ameaça a objetivos pessoais importantes. Já a raiva está associada a avaliações de dano intencional ou negligente. A tristeza se relaciona com avaliações de perda de metas importantes.
Muita pesquisa tem sido feita sobre como a cognição influencia as emoções (CLORE & ORTONY, 2008) e a hipótese de que o modo como pensamos se entrelaça à nossa experiência emocional também nela exercendo influência em diferentes direções é algo plenamente aceito na comunidade científica. Para os terapeutas cognitivo-comportamentais é absolutamente importante investigar e compreender como seus pacientes interpretam as situações da vida cotidiana. Para isso, desenvolvem métodos que têm como objetivo ajudar esses pacientes a entrar em contato com os pensamentos e imagens que acompanham as experiências emocionais associadas aos problemas que querem tratar.
O desenvolvimento de técnicas para monitorar o processo de pensamento traz implícito um segundo princípio adotado pelas terapias cognitivo-comportamentais: o conteúdo de nosso pensamento pode se tornar conhecido à medida que nossa atenção esteja focada nesse processo, no momento em que a experiência emocional é vivida. Aqui está evidente a influência fenomenológica nas TCCs, pois se considera que o material que se torna acessível à consciência fornece informações relevantes e essenciais ao entendimento do nosso funcionamento. Esse é um dos tópicos de divergência com abordagens consideradas profundas, que entendem as causas verdadeiras de nosso funcionamento residindo em camadas profundas da personalidade, não acessíveis à consciência e, consequentemente, não tratadas pelas TCCs.
A adoção da visão profunda implica em considerar que o produto revelado à consciência foi distorcido por mecanismos de defesa que não permitem o acesso às forças inconscientes, verdadeiros motores do comportamento, de modo que qualquer tentativa de alterar processos conscientes resultará em mero deslocamento dos modos de escoamento das forças inconscientes em conflito.
O mesmo raciocínio seria válido para o tratamento dos sintomas. Na medida em que os sintomas são manifestações simbólicas de conflitos inconscientes, sua abordagem direta resultará apenas em deslocamento para novos sintomas que cumpririam a função de expressão desses conflitos. Certamente estamos tratando de modelos diferentes de entendimento da personalidade: um baseado na abordagem de processamento de informação, o outro baseado numa abordagem médica, em que uma bactéria causa certos sintomas, cujo tratamento é paliativo se a bactéria, verdadeira causa da doença, não for tratada.
Crenças e esquemas:

A favor do modelo cognitivo-comportamental conta os dados obtidos pelas pesquisas (DOBSON & DOBSON, 2009), que não fornecem qualquer evidência para crenças como a substituição de sintomas que seria esperada quando causas subjacentes não são tratadas. Na verdade, ao contrário desta afirmação, encontramos estudos que mostram na TCC taxas de recaída menores quando comparadas ao uso de medicação (HOLLON et al., 2006). O modelo de processamento de informação tem permitido o desenvolvimento teórico-prático que resulta em intervenções validadas experimentalmente e isso representa um dos principais méritos das TCCs: constituir-se como um modelo baseado em evidências (DOBSON & DOBSON, 2009).
Um terceiro princípio importante das TCCs decorre naturalmente do que foi visto acima. Podemos modificar nosso comportamento e lidar de modo mais efetivo com as nossas emoções se conseguimos entender a forma como nossas crenças moldam as interpretações que regulam o fluxo de interações com o mundo. À medida que podemos desenvolver habilidades que nos permitem entrar em contato com o produto de nosso funcionamento cognitivo (pensamentos e imagens) e, da mesma forma, à medida que esse produto revela, de fato, informações relevantes para o entendimento de nosso funcionamento, é natural que o uso de estratégias sistemáticas de monitoração, questionamento e teste da realidade se demonstrem eficazes para a mudança comportamental e emocional.

O conteúdo de nosso pensamento pode se tornar conhecido à medida
que nossa atenção esteja focada nesse processo
É possível modificar nosso comportamento e lidar de modo mais efetivo com nossas emoções se conseguirmos entender a forma como nossas crenças moldam nossas interpretações

 As TCCs constituem modelos psicoterápicos que se apoiam em métodos de avaliação e intervenção baseados nos princípios acima. A teoria cognitiva implícita nestes modelos se inspira fortemente nas contribuições de Beck e seus seguidores (BECK et al, 1979; BECK, J. S., 1995; BECK, FREEMAN & DAVIS, 2004; DOZOIS, FREWEN & COVIN, 2006). De acordo com essa teoria, os processos de personalidade são formados e operam a serviço da adaptação. Os padrões de personalidade derivam de estratégias selecionadas em nossa herança filogenética, pois facilitaram a sobrevivência e a reprodução em nosso ambiente de adaptação (que não foi, certamente, semelhante ao de nossas cidades e sociedades como as conhecemos hoje). As síndromes sintomáticas (transtornos de ansiedade e depressão, por exemplo) e os transtornos da personalidade (narcisista, obsessivo, dependente etc.) representam manifestações disfuncionais e extremas destas estratégias.
O processamento de informação antecede a operação dessas estratégias, ou seja, para que uma estratégia seja deflagrada, é necessário a transação com o meio seja avaliada (interpretada) de modo a colocar em jogo metas importantes do indivíduo (sobrevivência, status, recursos sociais, vínculos afetivos importantes, autoestima, parceiros sexuais). O modo como uma situação é avaliada depende, em parte, de crenças subjacentes relevantes. Os conteúdos de nossa experiência consciente são os produtos deste processo interpretativo e são referidos como pensamentos automáticos, ou seja, os pensamentos e imagens que acessamos quando tomamos consciência do que se passa em nossa mente.
Os pensamentos automáticos são de especial importância nas TCCs. É através deles que terapeuta e paciente acessam os resultados (produtos) dos processos interpretativos conduzidos pelos esquemas. Muito do que acontece em TCC depende do acesso a esse material que, contudo, não é tão simples de se alcançar. O fluxo de processos automáticos no sistema cognitivo é rápido e em paralelo. Quando a atenção consciente se dirige aos pensamentos automáticos, a partir da instrução de observar o que passa na própria cabeça enquanto se vive uma experiência emocional, o que encontramos é um fluxo de ideias que assumem a forma de fala telegráfica, e não de um discurso verbal linear e bem estruturado. Consequentemente, os terapeutas cognitivos tiveram que criar ferramentas e métodos de autorregistro para ensinar seus pacientes a identificar com eficiência crescente os conteúdos do pensamento automático.

A adoção da visão profunda da TCC implica em considerar que o produto revelado à consciência foi distorcido por mecanismos de defesa que não permitem o acesso às forças inconscientes
A conexão com as crenças subjacentes se faz através de técnicas de questionamento. Ao final do processo investigativo reunimos informações de diferentes níveis cognitivos: os pensamentos automáticos no nível mais superficial e as crenças subjacentes em níveis mais profundos (centrais e intermediárias). As crenças centrais representam o nível mais profundo da estrutura do esquema e se referem ao autoconceito, normalmente referido como declarações absolutas sobre o self e o mundo ("sou indigno de amor", "sou um fracasso", "sou especial e único", "o mundo é perigoso e mau" etc.). Em um segundo nível, derivado deste mais profundo, estão as crenças intermediárias, que correspondem a tentativas de se adaptar ao mundo conforme o olhar das crenças centrais. Deste modo, as crenças intermediárias se revelam como regras e suposições que representam estratégias de manejo ("coping") construídas a partir das crenças centrais ("se eu me revelar às pessoas como realmente sou, elas me rejeitarão"; "eu tenho que ser melhor do que todos, para ser valorizado"; "se eu baixar a guarda, serei enganado e prejudicado"; etc.).
Os esquemas não só regulam as interpretações que ocorrem na transação com o mundo, mas também dão origem a estratégias adaptativas (ou desadaptativas). As interpretações dos esquemas disfuncionais apresentam características que as tornam fontes sistemáticas de confirmação. Um indivíduo que acredita que as pessoas não são confiáveis pode interpretar as situações sociais de modo distorcido, confirmando sistematicamente suas crenças básicas. Pode, por exemplo, tirar conclusões, sem base em evidências suficientes, a respeito das intenções das pessoas. Pode também selecionar tendenciosamente apenas as experiências com pessoas não confiáveis, desconsiderando as experiências vividas com pessoas confiáveis.
As síndromes sintomáticas (transtornos de ansiedade e depressão, por exemplo) e os transtornos da personalidade (narcisista, obsessivo, dependente etc.) representam manifestações disfuncionais e extremas destas estratégias
Além das distorções cognitivas que resultam na confirmação tendenciosa dos esquemas, vimos que as pessoas também constroem estratégias ("coping") que provocam consequências sobre si mesmas e sobre sua relação com o mundo. Esse mesmo indivíduo referido acima pode construir uma estratégia de estar sempre em guarda para se defender das agressões esperadas ("se eu estiver sempre atento, não serei atacado") e, com isso, provocar nas pessoas atitudes também defensivas e hostis, confirmando sua expectativa de um mundo ameaçador e não confiável.

As TCCs constituem modelos psicoterápicos que se apoiam em métodos 
de avaliação e intervenção
As TCCs utilizam técnicas cognitivas, comportamentais, experienciais e de relação terapêutica que visam identificar e intervir sobre o processamento esquemático distorcido e sobre as estratégias de adaptação construídas pelo indivíduo. Além disso, as TCCs abordam cada caso a partir de um estudo cuidadoso e idiossincrático dos fatores de desenvolvimento e de manutenção dos problemas apresentados à terapia, ao qual chamamos formulação ou conceituação de caso. A partir da formulação, desenvolve-se o plano de terapia, um conjunto de estratégias especialmente moldado para cada paciente específico. Assim, a TCC se apresenta como um modelo de tratamento bastante individualizado e profundo, bastante distanciado de qualquer receita simples ou panaceia padronizada para todos os casos.
ACESSEM: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/59/artigo191347-1.asp

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ATÉ QUANDO VAMOS CONVIVER COM A IDEIA DE PRECONCEITO

Preconceito é uma postura ou ideia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. As principais formas são: preconceito racial, social e sexual. Mas se a sociedade está a merce da mudança porque a mente humana continua com as velhas opiniões?

O preconceito racial é caracterizado pela convicção da existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história, sem dizer que isso ocorre até os dias de hoje..
Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Podemos citar o exemplo da civilização grega, onde o bárbaro (estrangeiro) era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão longes socialmente. Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é baseado na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo.
O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências e na empatia.

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