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PARADIGMAS INDECIFRÁVEIS HOMEM VERSUS MULHER

Não sei de onde surgiu a brilhante idéia e coragem de ficar em um questionamento pragmático a respeito das diferenças e igualdades entre dois seres... seria o mesmo que questionar as espécies estudadas por Darwin e tentar colocar mais porque em sua teoria da SELEÇÃO NATURAL. Partindo da condição humana, tanto homem ou mulher busca infinitamente a tal felicidade e nada mais... as vezes  há uma confusão em relação ao seu gênero e perante a sociedade isso torna uma doença, mas é doentio aquilo que traz sofrimento ao contrario disso, está fora de questão. As vezes há uma relação forjada pelo dito da sociedade que homem e mulher devem ficar juntos para sempre... ou toda mulher tem que ter um homem como se ela não fosse capaz de sobreviver sem.
Não acredito que as mulheres estão tentando tomar os lugares dos homens, e por isso os relacionamento acabam ficando frágeis porque a mulher pode deslocar de varias funções mas o homem jamais. 
Em relação a nível cerebral, há uma enorme diferença mas não existe eles são os inteligentes elas as sentimentais, isso vai depender do ambiente onde cada individuo está em um determinado momento para desenvolver suas habilidades.
Como na condição humana do gênero feminino, percebo que há uma grande reviravolta em relação ao grito do sofrimento psíquico das mulheres que se escondiam antigamente atras de um casamento arranjado ou mal estruturado sempre usando os filhos ou até mesmo falta de condição financeira para continuar essa relação desencadeada de sintomas psicossomáticos.
Temos hoje mulheres mais autenticas que assumem seus sentimentos e que estão livres dessas reações e homens mais domésticos, fazendo desde o jantar até dando uma faxina na casa!!!!

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INTERROGAÇÃO PARA UM PONTO FINAL.

"A questão levantada e muito questionada e o fato dos relacionamentos não serem tão duradouros como antes, começamos de um pressuposto avaliativo onde no seculo passado a mulher era submissa ao seu companheiro, mas hoje o aumento das separações não implica apenas nesse fato da rebelação das mulheres, mas a falta de comunicação.
A capacidade de uma ideologia  errônea de um parceiro inicia-se numa forma comum e com o tempo se dispersa com os defeitos, e a frustração pelo fato daquela pessoa ser da maneira que jamais se  imagina que ela fossem, e talvez a falta de aceitação inicia um processo de mínimos conflitos onde o afastamento de uma das partes inicia o pavoroso ponto final.

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A PALAVRA É PEQUENA MAS OS ESTRAGOS SÃO GRANDES...

A  multidisciplinaridade em como tratar a dor trouxe varias abordagens de como a trata - lá. Primeiramente uma visão voltada para a mensuração da dor, como forma de medida e escalas.
Outras abordagens  mostraram a necessidade para um tratamento eficaz e rápido e um atendimento com vários profissionais na área da saúde, atendendo de maneira diversificada na sua especificidade.

Para a psicologia, o ponto relevante e destacado, foi à condição humana na representação da dor, o sofrimento de cada um é uma condição que não sendo bem tratada em sua psique, essa representação, sendo uma pulsão que não teve uma satisfação tão prazerosa quando o paciente buscava essa sensação e por isso acaba transformando em uma energia que passa a ser através de uma dor corporal, e talvez da falta do ouvir o relato desse sintoma o tratamento é feito de maneira incorreta, acaba por “essa dor corporal” sempre voltar. E por isso foi uma das questões pautadas foi da importância de ouvir o paciente, a sua “historinha”, onde está inconscientemente a sua verdadeira dor, “a dor psíquica” necessita de uma intervenção especializada.
A dificuldade dos outros profissionais de saúde não conseguirem lhe dar com isso, encaminhando o mesmo para o psicólogo em ultimo caso, sendo que deveria haver um procedimento coletivo entre todos os profissionais para fazer uma avaliação em conjunto, pois é o psicólogo que está preparado para ouvir essa “historinha” e fazer o tratamento da “verdadeira dor”.

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COMO ESCOLHER UMA ABORDAGEM?

É bastante comum que os alunos do curso de Psicologia tenham dúvidas sobre qual abordagem seguir profissionalmente. Não é realmente uma escolha fácil. De certo modo, a escolha da abordagem é como uma segunda opção de profissão. Neste texto vou comentar sobre alguns fatos que os alunos devem considerar antes de tomar essa decisão.
Existe um pensamento um pouco enganoso na Psicologia. Afirma-se que a pluraridade de abordagens é desejável, que torna a área rica e com muitas possibilidades. No entanto, ter muitas opções só é algo positivo quando a maioria delas tem qualidade. É difícil definir “ter qualidade”, mas creio ser de concordância geral que, no mínimo, uma abordagem deve ter uma estrutura filosófica e teórica coerentes, ser capaz de explicar uma grande variedade de fenômenos, ter eficácia comprovada (preferencialmente com demonstração científica) e ser aplicável a uma grande quantidade de problemas práticos.
Como dito acima, escolher uma abordagem é como selecionar uma segunda profissão. A Psicologia é uma área muito ampla e as abordagens são imensamente diferentes entre si. Elas diferem em filosofia, objeto de estudo, teoria, linguagem, formas de pesquisa, dados científicos e práticas de intervenção. Todas essas características resultam em perspectivas muito particulares de como perceber o homem e como lidar com ele profissionalmente, e resultam em certas expectativas de postura do psicólogo. Antes de escolher qual forma de perceber a Psicologia e as pessoas é melhor para você, atente para essas diferenças.
Infelizmente, ser plurarista, utilizar um pouco de cada perspectiva não é uma solução adequada. Para começar, muitas características das abordagens são incompatíveis entre si, ou seja, juntar elementos pode resultar em um Frankenstein desajeitado e nada efetivo. Em segundo lugar, estudar um pouco de cada abordagem jamais permitirá que realmente se conheça profundamente um sistema teórico e de trabalho; a especialização é necessária, pois está intimamente ligada à qualidade profissional. Finalmente, formar uma colcha de retalhos transforma o psicólogo em um “despatriado”; possivelmente, nenhum colega vai considerar seu trabalho produtivo se ele for composto por uma montagem incompatível.
O primeiro e mais importante passo para escolher uma abordagem é não acreditar em seus professores. Vá além do que eles falam: procure textos, critique, tente responder as críticas, leia livros dos principais autores das abordagens. Deixe-se, sim, encantar pelo professor, mas não fique apenas no encanto. As abordagens são muito mais do que é possível explicar em sala de aula: têm história, passaram por crises, possuem conflitos internos, foram bem sucedidas em alguns países e expulsas de outros, regrediram, evoluíram, e assim por diante. É extremamente arriscado escolher uma abordagem sem conhecer seus autores e sua história. A dica de ouro, então, é: pesquise, estude, analise.
Já ouvi muitas pessoas dizerem que não é o psicólogo que escolhe a abordagem, mas o contrário. Talvez haja um pouco de verdade nessa afirmação. Alunos de Psicologia chegam ao curso com um conjunto de expectativas e opiniões.

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CONHECER AS PESSOAS...

 O psicólogo precisa ter um conhecimento geral de como funciona o comportamento humano e do que as pessoas precisam. O profissional de saúde lida com desejos, expectativas, sentimentos, necessidades, etc. Conhecer características comuns das pessoas ajuda a intervir de maneira mais eficiente.
De forma simplista, é possível dizer que as pessoas procuram o que lhes faz bem e evitam o que as incomoda. É a regra geral. A idéia é simples, mas pode confundir. Tem-se sempre que considerar o que é bom e ruim na concepção do cliente, e não aos olhos do psicólogo. Por exemplo, um indivíduo masoquista obtém prazer com a dor. Pode parecer estranho para quem não tem esse prazer, mas o masoquista se satisfaz, sim, com a dor. O referencial é SEMPRE o cliente.
Os indivíduos são imensamente diferentes entre si, e nenhuma afirmação sobre a espécie pode ser generalizada. No entanto, é possível fazer uma lista de alguns desejos e vontades compartilhados por muitas pessoas: ser ouvido, ser compreendido, ser amado, receber toques físicos, fazer sexo, ter sucesso profissional, ser um cônjuge amoroso, ser um pai ou filho amoroso, receber amor do cônjuge, receber amor dos pais e filhos, ter sucesso intelectual, ter amigos e ser reconhecido pelo que faz. Ou seja, de modo geral, as pessoas precisam de contato social prazeroso, contato físico prazeroso, sucesso e reconhecimento nas atividades realizadas. Alerta: isso é uma simplificação, não abrangendo de forma alguma toda a complexidade humana, mas é um ponto de partida interessante para análise.
Pessoas que procuram por terapia comumente estão com problemas em uma ou mais áreas listadas acima. Depressão, por exemplo, pode ser causada por falta de contato social ou por falta de sucesso nas atividades realizadas. Síndrome do pânico pode ocorrer quando o indivíduo não está dando conta de todas as suas atividades e não tem apoio afetivo adequado. Fobias são mais viscerais, mas mesmo algumas delas têm componentes afetivo-sociais, como a timidez exagerada ou o medo de multidões.
Outro ponto importante. Além do problema específico trazido pelo cliente que chega à terapia, muito provavelmente ele também necessita ser ouvido e compreendido. Particularmente, jamais atendi um cliente que não se beneficiou da atenção e compreensão que eu mostrava a ele. Esse ato aparentemente tão simples pode produzir resultados fantásticos. Sugiro que ouçam com atenção e deixem claro que estão lá para ajudar o cliente.
Um conselho que considero fundamental é: antes de fazer um diagnóstico ou planejar uma intervenção, tenha bastante certeza das perdas sociais, afetivas e da percepção que o cliente tem de sua capacidade. Independente do problema, conhecer as faltas nessas áreas e ajudar o cliente a superá-las pode ser a diferença entre um tratamento focado apenas na queixa e um tratamento realmente humano e abrangente.
Conhecer as pessoas requer bom senso e percepção. Todos temos muito a aprender. Mas, por sorte, temos as teorias para nos ajudar. Um começo um tanto ultrapassado e criticado, mas ainda interessante, sobre as necessidades das pessoas está na pirâmide de Maslow.

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HABILIDADES NECESSARIAS PARA UM PSICOLOGO...

Este é o primeito texto de uma série de pequenos artigos sobre as habilidades necessárias a um psicólogo para que ele exerça sua profissão de maneira adequada. As habilidades  mais importantes.
A habilidade de se comunicar porque falar e ouvir são as principais ferramentas de trabalho do psicólogo. É por meio da comunicação que o profissional avalia as dificuldades do cliente e é por meio da comunicação que intervém nessas dificuldades (interpretando, sugerindo, questionando, etc). Além da importância na atividade profissional em si, as habilidades de comunicação são o cartão de visitas do psicólogo: são a única base que potenciais clientes têm para avalar a qualidade do profissional.
“Comunicar-se” é, na verdade, um conjunto de habilidades. Dentro desse conjunto, pretendo discutir a capacidade de utilizar o português correto na fala e na escrita, de se expressar de forma amigável, de adaptar a linguagem ao público, de manter uma postura não-verbal coerente com a fala, e de ouvir atenta e criticamente (esta habilidade será tratada no segundo texto desta série).
UTILIZAR O PORTUGUÊS CORRETO
Um psicólogo tem que utilizar as normas cultas da língua. Deve saber escrever e falar corretamente. Isso demonstra que ele possui conhecimentos e é confiável. Um psicólogo que fale “hoje nós vai trabalhar aquele assunto” não inspira respeito. Escrever corretamente é também importante. Não raro o psicólogo tem que produzir laudos, pareceres, ou outro tipo de comunicação sobre seu trabalho. A capacidade de organizar as informações e escrever textos coerentes também é uma medida da qualidade do psicólogo.
A expressão correta não depende apenas do conhecimento das normas cultas da língua. A base para uma boa expressão está na capacidade de integrar os diferentes conhecimentos e ser capaz de expor o que for relevante de maneira sintética. Em outras palavras, uma boa comunicação depende de pensamento e reflxão. A melhor maneira de treinar essa habilidade é lendo e reescrevendo o que foi lido.
EXPRESSAR-SE DE MANEIRA AMIGÁVEL
Como norma, o psicólogo geralmente lida com pessoas passando por dificuldades. São pessoas que precisam de um profissional que forneça a elas a ajuda que não conseguem em outros lugares. Por isso, o psicólogo deve se comunicar de forma amigável, deixando claro para seus clientes que sua função é ajudá-los. Mesmo quando deve falar sobre algo delicado, ou chamar atenção para um comportamento do cliente que não foi adequado, é necessário ser respeitoso e não punitivo.
Cortes bruscos, tom de voz alto, ironia, desdém, são formas de expressão inadequadas. O cliente pode interpretá-las como sinais de cansaço, falta de paciência ou raiva do psicólogo. Essas interpretações têm grandes chances de levar ao fim da terapia e a uma atitude negativa do cliente com os psicólogos de modo geral.
ADAPTAR A LINGUAGEM AO PÚBLICO
As normas da língua sempre devem ser observadas, mas as palavras escolhidas na comunicação devem ser compreensíveis ao interlocutor. Utilizar palavras rebuscadas com pessoas sem estudo pode dar a impressão de que o psicólogo está esnobando ou que é inatingível. Escolher palavras simples para pessoas estudadas, por outro lado, pode dar a impressão de ignorância e falta de qualidade profissional.
Um psicólogo deve se adaptar ao público, ser um pouco como um espelho do seu cliente. Para isso, precisa ter conhecimentos o suficiente para se comunicar com qualquer tipo de pessoa.
POSTURA NÃO-VERBAL COERENTE
Alguns estudos afirmam que a maior parte da comunicação entre duas pessoas ocorre por canais não-verbais. Uma fala alegre não é levada a sério quando acompanhada por uma postura contraída. Uma afirmação é interpretada como falsa se dita em tom de voz baixo ou sem contato olho no olho.
O psicólogo precisa atentar para seu próprio comportamento não-verbal. Além de se esforçar por manter uma postura coerente com as palavras usadas, a auto-observação ajuda o psicólogo a conhecer sua reação às falas do seu interlocutor. Coluna ereta, olhos nos olhos, braços sempre descruzados, acenar que “sim” com a cabeça, não realizar comportamentos repetitivos são sinais não-verbais de confiança, de que se está atento e interessado. O cliente percebe tais sinais, ainda que de forma inconsciente.
No primeiro texto dessa série, comentei sobre a importância da habilidade de se comunicar. Grande parte dessa habilidade está em ouvir o que o interlocutor tem a dizer. É ouvindo, prestando atenção ao cliente, que o psicólogo coleta os dados que servirão como base para o planejamento de sua intervenção.
A terapia é sobre o cliente: o psicólogo é um profissional contratado para lidar com as dificuldades e dúvidas de outra pessoa. Todo o processo terapêutico tem como objetivo auxiliar o cliente a encontrar as respostas que ele procura e a mudar os comportamentos que mantém ou produz sas dificuldades. A terapia, portanto, não é um lugar para o terapeuta exibir suas experiências ou conhecimentos. O cliente é o centro, e o profissional deve orbitá-lo humildemente.
Ouvir não é apenas olhar para o cliente, apenas prestar atenção. São necessárias posturas intelectuais e comportamentais adequadas. Neste texto, vou discutir essas posturas, começando pela comportamental. Em seguida, vou falar sobre empatia. 
POSTURA COMPORTAMENTAL
O cliente PRECISA saber que o psicólogo está ouvindo. Acredito que a maioria das pessoas que procura um psicólogo o faz porque não tem com quem conversar abertamente, ou porque tem medo de conversar com as pessoas disponíveis. O psicólogo, então, cumpre o papel de ser aquele que ouve com atenção.
Olhar para o cliente, expressar-se não-verbalmente em coerência com o que ele diz, balançar a cabeça para cima e para baixo, olhar nos olhos (não fixamente), manter braços descruzados, são algumas posturas não-verbais que indicam interesse. Muitos clientes podem se beneficiar grandemente apenas com essa demonstração de interesse. Pratique-as com colegas e familiares.
Falar abertamente frases como “entendo”, “imagino como foi difícil”, “nós vamos lidar com esse problema”, etc, são indicativos bastante fortes de que se está prestando atenção. Outros poderosos indicativos são paráfrases e resumos do que o cliente disse. Use-os à vontade, apenas cuidando para não se tornar enfadonho.
POSTURA INTELECTUAL
O que pode fazer um psicólogo que ouve e não compreende o que ouviu? Absolutamente nada. É fundamental ser capaz de interpretar, abstrair e sintetizar os elementos mais importantes do que o cliente diz. Além disso, é necessário relacionar esses elementos com o que se conhece de teoria. A integração do que o cliente descreve com o conhecimento teórico do psicólogo fornece as bases para o planejamento da intevenção.
Para ouvir, em outras palavras, é preciso entender. A melhor maneira de treinar essa habilidade é por meio de muita leitura, muita conversa e elaborar resumos dessas leituras e conversas. Esse treinamento, além de melhorar a prática profissional, soma conhecimentos ao psicólogo. Estudar, raciocinar, refletir, criticar, pensar, enfim, são habilidades fundamentais e necessitam ser exaustivamente treinadas.
EMPATIA
Outra habilidade importante no repertório do psicólogo é a empatia: colocar-se no lugar do outro. Ter empatia pelo cliente, conseguir sentir o que ele sente em algum grau, pode ter efeitos extremamente positivos na terapia. Além de aumentar o grau de entendimento do que o cliente diz, também auxilia no planejamento da intervenção.
Alguns autores dizem que a empatia tem um componente intelectual (um esforço para se colocar no lugar do outro) e um componente emocional (sentir-se como o outro). Imagino que treinar o componente emocional seja tarefa difícil. Por outro lado, é possível imaginar-se no lugar do outro; acredito que treinar o componente intelectual da empatia automaticamente fará desenvolver o componente emocional.
Nessa série de textos, já discuti as importantes habilidades de se comunicar e de ouvir. Um bom psicólogo deve também ter conhecimento teórico. A teoria é o primeiro passo para uma prática bem sucedida, é com base nela que o profissional inicia seu trabalho de avaliação e intervenção. Mas, o que é preciso conhecer?
Toda abordagem psicológica tem, basicamente, os mesmos elementos: uma concepção filosófica do que é o homem, um corpo de hipóteses do porquê o homem é como é, teorias sobre como o homem e o mundo se relacionam, e técnicas de intervenção baseadas nos três elementos anteriores (esses elementos serão discutidos na série sobre “Como escolher uma abordagem”).
Um bom psicólogo deve conhecer detalhadamente cada uma dessas quatro características de uma abordagem. Elas fornecem as ferramentas para a avaliação e intervenção psicológicas. Um psicólogo sem conhecimento teórico, ou que conhece pouco de cada teoria, dificilmente conseguirá avaliar seu cliente de maneira adequada, e terá dificuldades em plajenar uma intervenção eficiente.
Aplicar Psicologia não é aplicar senso comum. As teorias são resultado de décadas de pesquisa e reflexões sobre o comportamento humano e sobre como modificá-lo. É a partir delas que o psicólogo cria hipóteses e as verifica. Finalmente, as teorias constituem o conhecimento que o psicólogo tem disponível sobre o ser humano; um conhecimento baseado ora em características gerais das pessoas, ora em suas particularidades.
Depois de formado, quando lida com um caso inédito, um psicólogo muitas vezes não tem a quem recorrer senão a teoria. Deve saber buscar o material, interpretar as idéias e transformá-las em práticas a serem aplicadas. Felizmente, existe uma infinidade de materiais sobre diferentes psicopatologias e modos específicos de tratamento baseados em abordagens. O acesso a esses materiais é relativamente fácil.
Prova da importância do conhecimento teórico é a freqüente busca de profissionais recém formados por cursos de formação e especialização. Apesar de esses cursos serem importantes, é na graduação que existe a inestimável oportunidade de entrar em contato com a maior quantidade de teorias possíveis. A melhor forma de desenvolver conhecimento teórico é estudando textos originais dos autores preferidos. Os professores podem ajudar nessa tarefa, indicando livros que são considerados clássicos e, principalmente, fornecendo ferramentas de como buscar literatura adequada.


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VOCÊ TEM AUTO CONTROLE?

Primeiramente, uma concepção internalista trata o autocontrole como derivado de traços de personalidade, de características inatas e de forças interiores. Argumentos à parte, tais concepções facilmente sucumbiriam a indagações tais como “por que as pessoas demonstram diferentes níveis de autocontrole em diferentes situações?”, “por que uma pessoa tem mais autocontrole em uma fase da vida e menos em outra?” e “por que as crianças são mais impulsivas que os adultos?”. São perguntas que enfraquecem o argumento de que o autocontrole pode ser determinado por um eu iniciador localizado no interior do sujeito.
Como podemos ver, o autocontrole é a preferência por uma recompensa maior que ocorrerá no futuro, ao invés de uma recompensa menor que, por outro lado, está disponível no presente. Esta definição parece útil, pois retrata bem o que pode ser entendido como autocontrole no cotidiano. Por exemplo, eu digo que tenho autocontrole quando resisto a um belo pedaço de bolo de chocolate. Em outras palavras, estou optando por ser paquerado na praia durante o verão e talvez até arrumar um casamento (um reforçador de maior magnitude e mais atrasado), ao invés de comer um pedaço de bolo que logo será esquecido (um reforçador menor e imediato).
Porém, em que condições alguém escolhe a alternativa de autocontrole ao invés da alternativa de impulsividade? Os analistas experimentais tentaram responder a esta pergunta e encontraram resultados interessantes.
O primeiro deles vem das pesquisas sobre a escolha de compromisso. Nestas pesquisas, um sujeito (pombo, rato, criança, etc.) poderia optar por uma contingência em que escolheria entre um reforçador menor e imediato ou um reforçador maior e mais atrasado (em geral o reforçador era tempo de acesso a alimento); ou por outra contingência em que somente poderia ter acesso ao reforçador maior e mais atrasado (chamada elo de compromisso). Os resultados demonstram que os sujeitos preferem a primeira contingência e acessam ao reforçador menor e imediato quando o intervalo entre a escolha desta contingência e o acesso ao alimento é pequeno; porém os sujeitos preferem apenas o elo de compromisso – aquela contingência que só permite acesso ao reforçador maior e mais atrasado – quando há um intervalo maior entre a escolha das contingências e o acesso aos reforçadores. É como se os sujeitos dissessem “já que eu tenho que esperar mesmo, então vou esperar só pelo que vale a pena”. Outro resultado interessante é que os participantes escolhem a contingência que não os permitem “cair na tentação” de optar pela impulsividade.
Um fenômeno observado a partir dos estudos de autocontrole é a inversão de preferência. Os pesquisadores demonstraram que a magnitude do reforçador estabelece um determinado intervalo de tempo em que aquele reforçador controla a resposta que o produz. Ou seja, um reforçador de maior magnitude pode controlar uma resposta mesmo estando mais distante no tempo, ao passo que um reforçador menor somente pode controlar uma resposta mais imediata. Assim, os reforçadores disponíveis no ambiente poderiam concorrer pela resposta, sendo que a distancia temporal determinaria a escolha. Tentarei explicar melhor a partir da figura abaixo:
maria
Suponhamos que a moça rosa seja Maria, que tem diante de si a possibilidade de escolher entre dois reforçadores: um carro ou algumas guloseimas. O custo implicado em comprar um carro é maior que aquele implicado em comprar guloseimas, mas estão relacionados – então se Maria sempre comprar doces, dificilmente conseguirá comprar seu carro. Porém, o fato é que o carro é um reforçador de maior magnitude (GM) e controla o comportamento de Maria mesmo distante no tempo (linha amarela). Já as guloseimas são reforçadores menores (Gm) e só controlam o comportamento de Maria quando estão disponíveis imediatamente (linha verde). O fenômeno da inversão de preferência prevê, então, que Maria se comportará para comprar o seu carro mesmo muito antes de ir à concessionária (ponto x), poupando dinheiro por exemplo. Porém, quando Maria estiver passeando no shopping e ver uma loja com muitas guloseimas (ponto y), é muito provável que ela torre o dinheiro e compre suas balas prediletas. O ponto i da figura indica o momento em que Maria tende tanto a poupar como a torrar; é quando Maria fica confusa e seu comportamento é imprevisível.
A contribuição aplicada da análise do comportamento mais proeminente é a proposição de um procedimento que pode gerar a escolha pelo autocontrole em sujeitos que não demonstrem este repertório. O procedimento básico consiste em apresentar um reforçador de maior magnitude e um outro reforçador de menor magnitude simultaneamente, sendo que o sujeito pode escolher livremente entre ambos reforçadores. Uma vez observada a preferência pelo reforçador de maior magnitude, deve-se aumentar o intervalo de tempo ou o custo de resposta necessário para produzir o reforçador de maior magnitude. Este aumente deve ser realizado segundo um procedimento conhecido como esvanecimento aditivo, que é caracterizado pelo aumento gradual no intervalo ou no custo da resposta. Um exemplo é oferecer uma intervenção a crianças com TDAH que consista na apresentação de um prêmio maior e outro menor pela resolução de duas contas de matemática com nível de dificuldade semelhante. A partir do momento que a criança começar a preferir aquela conta que permite acesso ao reforçador de maior de magnitude, o terapeuta pode aumentar gradualmente a dificuldade dos problemas correlacionados ao reforço maior e manter o mesmo nível de dificuldade para aquele problema que permite acesso ao reforçador de menor magnitude. Em geral os resultados deste tipo de intervenção demonstram preferência pelos problemas de maior dificuldade em comparação ao repertório apresentado pela criança antes da intervenção.
Então, como você vê o autocontrole agora? Se antes este só poderia ser entendido como uma aptidão inata, agora você pode contar com a compreensão analítico-comportamental deste complexo fenômeno estudado pela psicologia. E se você não sabia responder à pergunta-título desta publicação, o que me diria agora?

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ULTIMA PARTE DO TRABALHO

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SEGUNDA PARTE DO TRABALHO

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1º parte do Trabalho apresentado em sala de aula

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CADÊ A CREDIBILIDADE DOS LAUDOS DOS PSICOLOGOS E DOS TESTES PSICOLOGICOS?

Causa uma indignação ao ver a reportagem do fantastico esse domingo, e perceber que adolescente são mortos por causa da negligência de autoridades que não consedem a credibilidade em um laudo, e estão cada vez mais dando enfâse aos psiquiatras e deixando de lado o trabalho do psicologo...
Apenas, o psicologo tem acessos aos testes psicologico... e devido a isso psicopatas são colocados no convivio social, por causa de bom comportamento em um regime fechado... olha só como foi essa reportagem:





Com isso fica o recado: " A FALHA DO SISTEMA DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL, E DAR MAIS CREDIBILIDADE EM UM LAUDO SEJA PSIQUIATRICO OU PSICOLOGICO...  E PENSAR QUE ISSO PODERIA TER SIDO EVITADO, E POR NEGLIGÊNCIA, AGORA JOVENS MORTOS E O DEPOIMENTO DE UMA MÃE NO ULTIMO FIO DE ESPERANÇA, COM UMA FESTA PASSA PARA UM VELÓRIO COMUNITÁRIO... "

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HOJE ESTÁ MAIS FACIL MORRER DO QUE VIVER... ENTENDA ISSO...

"Segundo a OMS (organização mundial de Saúde) cerca de 1 milhão de pessoas morrem em decorrência de suicídio. Ou seja, pede-se mais vida com suicidio anualmente do que em todas as guerras e homicídos no mundo.
O que leva alguem cometer esse ato? a resposta concreta é geralmente vazia. Mas segundo, as pesquisas realizadas  a depressão encontra-se em primeiro lugar, seguido também do Transtorno Afetivo Bipolar."

UM TEMA SILÊNCIOSO

"A prevenção do suicidio ainda não é tratada como prioridade, sendo um tema muito pouco discutido. O motivo talvez seja a velha desculpa de que a violência urbana é prioridade. Mas o problema maior é o medo do desconhecido estimula o silêncio, seja da autoridades responsáveis ou da própria  sociedade que cala diante de uma morte voluntaria.
E no que diz respeito, há tres mortes de homens para cada mulher e elevação nos indice de morte voluntaria nos jovens entre 15 e 24 anos."

E PORQUE ESTÁ MAIS FACIL DE MORRER DO QUE VIVER?

"Segundo os especialistas, o afunilamento das percepçoes, muito comum em niveis avançados em depressão, quando a pessoa está angustiada, com medo, desamparada..." O  interessante que há pessoas com esse perfil ainda conseguem disfarçar todo esses sentimentos, e guardando somente para si, o que torna indissolúvel para o sujeito, e com as pressões do dia-a-dia se aglomera como uma bola de neve crescendo cada vez mais, a saída, o foco para tudo é o morrer, porque o desespero toma conta de todas as possibilidades, porque a crença  de que não exista ninguém capaz de uma compreenção daquele momento angustiante... Então aperta-se o gatilho e tudo passa... tudo alivia...

FONTE: REVISTA PSIQUE CIENCIA & VIDA ANO VI Nº 38 (adaptaçao: Marina Lelis Ferreira da Silva)

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BURRHUS FREDERIC SKINNER


· Nasceu em 1904 em Susquehanna, USA.
· Morreu em 1990.
· Filho mais velho de Willian Skinner e Madge Burrhus.
· Viveu numa época marcada pelas mudanças sociais dos anos 60, como a liberação sexual, o movimento hippye, etc.
· Iniciou seus estudos científicos fundamentado no método experimental.
· Aperfeiçoou este método, criando a AEC – Análise Experimental do Comportamento, que sistematizou o conhecimento existente sobre estímulo-resposta.
· Sua metodologia que foi chamada de Behaviorismo Radical.

PERCEPÇÃO DE HOMEM

Sua visão de homem é objetiva. Todo ser é produto do meio em que vive.
O homem não tem liberdade de escolha, ele dá significado às coisas de acordo com que lhe é ensinado pela comunidade verbal. As contingências ambientais determinam o comportamento do indivíduo, e se baseiam em três aspectos:

O histórico filogenético
O histórico ontogenético
O ambiente
As alterações no comportamento se dão através do Reforçamento Positivo, Negativo ou da Punição. O comportamento operante significa a alteração das contingências a fim de modificar o homem.



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SIGMUND FREUD




· Nasceu em 1856 em Freiburg Slováquia.
· Morreu em 1939.
· Filho de pais judeus perseguido pelo nazismo.
· Sofreu discriminação durante as duas guerras mundiais.
· Iniciou seus estudos quando o meio acadêmico buscava consolidar as mais variadas hipóteses sobre o comportamento humano.
· Desvendou os mistérios do inconsciente, e foi o primeiro a relacionar as neuroses à sexualidade infantil.
· Considerado o Pai da Psicanálise, e sua teoria sobre Ego, Id e Superego, permanece imbatível.

PERCEPÇÃO DE HOMEM

Para ele o homem é um ser dividido entre seus desejos de vida e morte.
Obra marcada por um certo ceticismo, sendo a natureza humana determinada por forças irracionais.
Acreditava que a sociedade civilizada estava ameaçada pela desintegração, devido à hostilidade primária dos homens entre si, e a cultura devendo recorrer a todo reforço possível a fim de erigir uma barreira contra o instinto.
Para ele, o homem é possuidor de um conflito permanente e antagônico, existente em seu interior, no qual o Ego tenta ser o mediador para encontrar o equilíbrio.

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SKINNER E FREUD

Skinner e Freud sem dúvidas são os dois maiores ícones da Psicologia, o primeiro conhecido pela filosofia do Behaviorismo que sustenta a Análise Comportamental, e o segundo, o pai da Psicanálise.
Ambos defendem pressupostos teóricos bem antagônicos. Para Skinner, as causas do comportamento estão sempre no ambiente, aqui não existe mente nem qualquer entidade interna presente no indivíduo – nenhum apelo ao mentalismo se faz necessário para explicar o comportamento; já Freud, construiu sua teoria apoiada em conceitos mentalistas, aqui se faz presente o dinamismo psíquico das pulsões entre as instâncias mentais do indivíduo – consciente, pré-consciente, inconsciente – que irão determinar o comportamento.
É comum dentro da Psicologia, alunos e até mesmo professores, defendendo seus pontos de vista baseado em puro radicalismo. Buscam elementos de um que não tem no outro e criam em torno disso uma série de conflitos que de nada adiantam. Sinto pena desses “religiosos” do comportamento.
Particulamente vejo nestas abordagens, não escopos teóricos excludentes, mas sim, instrumentos que possibilitam estudar o comportamento. Uma tem a ensinar para a outra e ambas não dão conta de tudo, como nenhuma outra teoria. São representações e não verdades, assim como é o mundo que Schopenhauer descreveu. Sábio o psicólogo que vê em ambas, possibilidades de exercer o seu trabalho, ou ao menos, que não faça o papel de advogado do diabo.
A ilustração abaixo é apenas um modo de mostrar um pouco das diferenças entre esses dois pensadores que admiro muito.

2 comentários:

TODOS SOMOS NEUROTICOS, SALVO AQUELES QUE AINDA NÃO NASCERAM...




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COISAS DAS MULHERES

A complexidade do psiquismo feminino intrigou até mesmo Sigmund Freud, criador da psicanálise. Apesar de ter acompanhado inúmeras pacientes, muitas delas apresentadas em casos clínicos clássicos, chegou a confessar, no fim da vida, que a mulher era um mistério para ele, já que, diferentemente do homem, ela não está diretamente submetida à referência fálica de organização psíquica. O fato é que mulheres como Anna O., Dora, Emmy von N., Lucy R., Catarina e Fraulein Elizabeth, que viveram, adoeceram e sofreram na Viena do fim do século XIX e início do século XX, emprestaram partes de sua existência à história da psicanálise. E, antes e depois delas, tantas outras anônimas, muitas tomadas por loucas ou bruxas, foram peças fundamentais para a melhor compreensão de intricados funcionamentos psíquicos.

O universo feminino
 – que instiga e confunde qualquer um em busca de respostas excessivamente objetivas – é multifacetado, atraente e, não raro, doloroso. O tormento de ser mulher aparece nos incômodos da tensão pré-menstrual (que, feito catástrofe da natureza, passa a cada mês pela vida de muitas de nós, comprometendo a auto-estima, desgastando relacionamentos, causando estranhamentos, destruindo delicadas promessas). Revela-se na compulsão ou no repúdio pelo alimento, distúrbios tão “femininos”, que à primeira vista parecem se contrapor à idéia da mulher como nutriz por excelência. A dor surge também na propensão à depressão e nos sofrimentos marcados pela culpa. E na batalha diária de dar conta de demandas (profissional, afetiva, sexual, entre outras) para as quais nem sempre se está pronta. Mas há também as delícias do ser mulher – possibilidades únicas de prazer e realização; a experiência ­arrebatadora da maternidade; além de maneiras (insuspeitas para os homens) de desfrutar da própria inteligência, sensualidade e capacidade empática.
Felizmente, em meio a atravessamentos da cultura, tempestades de hormônios, variações bioquímicas, transformações físicas e emocionais específicas da adolescência, gravidez e menopausa, inusitadas facetas da sexualidade, faltas, buscas, desejos nem sempre desvendados, somatizações, dúvidas, altas doses de empatia, adoráveis habilidades e inevitáveis tropeços ainda há espaço para adentrar recôndidos de delicadeza.

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Velho inimigo pode ajudar a evitar mal de Alzheimer

Proteína A-beta pode ser parte das defesas do cérebro contra bactérias.


É ela que, acumulada em placas, destrói sinais entre conexões nervosas.
Durante anos, uma teoria bastante popular dizia que um dos principais vilões no mal de Alzheimer não passava de um produto inútil, de que o cérebro nunca se livrou adequadamente. O material, uma proteína chamada beta-amiloide, ou A-beta, se acumula em duras placas que destroem os sinais entre conexões nervosas. Quando isso ocorre, as pessoas perdem a memória, sua personalidade se altera, e elas deixam de reconhecer amigos e familiares.

"Precisamos do equivalente a uma estatina para o cérebro, de forma a reduzir o funcionamento da A-beta sem desligá-la"
Porém, agora pesquisadores de Harvard sugerem que a proteína tem uma função real e inesperada – ela pode ser parte das defesas comuns do cérebro contra bactérias e micróbios invasores.
Os cientistas misturaram A-beta com micróbios, como estafilococos e pseudomonas. Ela matou 8 de 12,Outros pesquisadores de Alzheimer dizem que as descobertas, relatadas no periódico científico "PLoS One", são intrigantes, embora não esteja claro se levarão a novas formas de prevenir ou tratar a doença.

Amostras do cérebro de pacientes com Alzheimer eram 24% mais ativas em matar as bactérias
A nova hipótese surgiu em 2007, num laboratório da Faculdade de Medicina de Harvard. O principal pesquisador, Rudolph Tanzi, professor de neurologia que também dirige a unidade de genética e envelhecimento no Hospital Geral de Massachusetts, disse estar examinando uma lista de genes que, aparentemente, estavam associados ao Alzheimer.
Para sua surpresa, muitos se pareciam com genes associados ao chamado sistema imunológico inato, um grupo de proteínas que o corpo utiliza para combater infecções. O sistema é particularmente importante no cérebro, pois anticorpos não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica, a membrana que protege o cérebro. Quando o cérebro é infectado, ele depende do sistema imunológico inato para protegê-lo.
Naquela noite, Tanzi entrou na sala de um pesquisador mais novo, Robert Moir, e mencionou o que havia visto. Moir entregou uma planilha a Tanzi. Era uma comparação entre a A-beta e uma proteína bastante conhecida do sistema imunológico inato, a LL-37. As semelhanças eram excepcionais.
Entre outras coisas, assim como a A-beta, a LL-37 tende a se agrupar em minúsculas esferas rígidas. Em roedores, a proteína que corresponde à LL-37 protege contra infecções no cérebro. Pessoas que produzem níveis baixos de LL-37 sofrem maiores riscos de infecções graves e têm níveis mais altos de placas ateroscleróticas, crescimentos arteriais que impedem o fluxo sanguíneo.
Os cientistas mal podiam esperar para ver se a A-beta, como a LL-37, matava micróbios. Eles misturaram A-beta com micróbios que a LL-37 mata – listeria, estafilococos, pseudomonas. Ela matou 8 de 12.
“Fizemos os experimentos exatamente como eles foram feitos durante anos”, diz Tanzi. “A A-beta foi tão potente ou, em alguns casos, mais potente que a LL-37.”
Pacientes com Alzheimer têm cérebros inflamados, mas não estava claro se o acúmulo de A-beta era causa ou efeito da inflamação
Em seguida, os pesquisadores expuseram o fungo Candida albicans, uma das principais causas da meningite, a tecidos das regiões cerebrais do hipocampo de pessoas que haviam morrido de Alzheimer, e de pessoas da mesma idade que não tinham demência ao morrer.
Amostras do cérebro de pacientes com Alzheimer eram 24% mais ativas em matar as bactérias. Mas, se as amostras fossem previamente tratadas com um anticorpo que bloqueava a A-beta, elas não matavam o fungo com mais eficácia que o tecido cerebral de pessoas sem demência.
Sabe-se que pacientes com Alzheimer têm cérebros inflamados, mas não estava claro se o acúmulo de A-beta era causa ou efeito da inflamação. Talvez, explica Tanzi, os níveis de A-beta subam como resultado da reação do sistema imunológico inato à inflamação; pode ser uma forma de o cérebro reagir a uma infecção percebida.
Pesquisador tem um histórico de ideias incomuns sobre o mal de Alzheimer que acabam se mostrando corretas
Mas isso significa que a doença de Alzheimer é causada por uma reação excessivamente enérgica a uma infecção? Essa é uma razão plausível, junto a reações a ferimentos e inflamações e os efeitos de genes que causam níveis de A-beta mais altos que o normal, afirma Tanzi.
Entretanto, alguns pesquisadores dizem que nem todas as partes da hipótese do sistema imunológico inato A-beta se encaixam. Norman Relkin, diretor do programa de doenças da memória no hospital NewYork-Presbyterian/Weill Cornell, diz que embora a ideia seja “inquestionavelmente fascinante”, as evidências são “um pouco frágeis”.
Steven DeKosky, pesquisador de Alzheimer, vice-presidente e reitor da Faculdade de Medicina Universidade da Virgínia, aponta que cientistas há muito buscam por evidências ligando infecções ao mal de Alzheimer – terminando geralmente de mãos vazias.
Contudo, se Tanzi estiver certo sobre a A-beta fazer parte do sistema imunológico inato, isso levantaria questões sobre a busca por tratamentos para eliminar a proteína do cérebro.“Significa que você vai querer acertar a A-beta com um martelo”, diz Tanzi. “Isso nos diz que precisamos do equivalente a uma estatina para o cérebro, de forma a reduzir seu funcionamento sem desligá-la.” (Tanzi é co-fundador de duas empresas, Prana Biotechnology e Neurogenetic Pharmaceutical, que estão tentando enfraquecer a A-beta).
Relkin avalia que, mesmo que a A-beta não faça parte do sistema imunológico inato, não seria uma boa ideia removê-la completamente, junto às bolas duras de placas que ela forma no cérebro.
No passado, segundo Relkin, cientistas supuseram “que a patologia era a placa”. Hoje, ele compara a remoção das placas a desenterrar balas de um campo de batalha.
Quanto mais balas numa região, mais intensa foi a batalha. Mas “desenterrar balas não vai alterar o resultado da batalha”, explica. “A maioria de nós não acredita que remover placas do cérebro seja a solução final.”
Porém, outros cientistas não ligados à descoberta dizem estar impressionados com as novas informações. “Isso muda nossa maneira de pensar sobre Alzheimer”, afirma Eliezer Masliah, que chefia o laboratório de neuropatologia experimental da Universidade da Califórnia, câmpus de San Diego.
Masliah está intrigado com a ideia de que conglomerados de A-beta possam matar bactérias e neurônios pelo mesmo mecanismo. Ele lembra que Tanzi tem um histórico de ideias incomuns sobre o mal de Alzheimer que acabam se mostrando corretas. “Creio que ele esteja perto de algo importante”, conclui Masliah.



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MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO NO SECULO XXI

Logo, se faz necessário a harmonia do individuo com seu corpo, com sua mente e com o meio social em que ele vive, pois senão haverá um conflito, e assim o estresse aparecerá. Nós enquanto humanos apesar de vivermos em uma sociedade altamente competitiva, capitalista e sem o amor ao próximo, se torna necessário termos artimanhas para driblar todas as adversidades impostas pela sociedade com meios alternativos, para assim vivermos em busca da qualidade de vida. Contudo, faz-se necessário saber lidar com o problema do estresse, para assim, enfrentá-lo e escapar dele, e também auxiliar para evitar uma recorrência.
Contudo, não existe ao certo um meio de como curar ou tratar quem sofre de estresse, o que de fato existe são pesquisas, estudos estatísticos, medicamentos, terapias, técnicas de meditação e relaxamento, que ajudam a aliviar a tensão e gerar um equilíbrio. Essas técnicas podem ser úteis para fazer as pessoas adquirirem consciência do impacto das crises já vividas e aprenderem a lidar com sentimentos de medo e insegurança nas próximas situações.
Existem vários meios alternativos que podem ser utilizados como promotores de qualidade de vida e também com um fim psicoterápico, segundo Delboni (1997), como: hobbies, música, dança, canto, esporte, alimentação, psicoterapia, meditação, apoio social, entre outros.

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NEURÕNIO - parte II

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SIMPLISMENTE NEURÔNIO

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UM POUCO DE NOS...

Maravilhosamente sensacional... as conexoes formando um sistema capaz de movimentos corporais, sensaçoes... memorias, esquecimentos... coisas tao microscopicas capazes de atos tao enormes perante nosso dia a dia.

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NEUROPSICOLOGIA

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INTRODUÇÃO

"Para entender a mente humana é preciso desvendar todos os aspectos que o envolve, não adianta focar apenas num proposito. Avaliar, o que se passa no presente, o que passou no passado e  o que vai desencadeando para novos sintomas futuros. Os estimulos presentes são reforço a todo momento para que nosso inconsiente possa nos fazer viver aspectos desconhecido onde nossa mente foge o tempo todo da verdade, do que nos é proporcionado, o que é da ordem da pulsão... e que nos leva a acreditar que é real." Marina Lelis Ferreira da Silva - Psicologia 2010.

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