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ANALISANDO O FILME: O LENHADOR


 
Análise do filme: O Lenhador [BR]O filme O Lenhador conta a história de Walter que após doze anos preso por pedofilia, sai em liberdade condicional. Ele vai morar em uma cidade pequena, arruma um novo emprego e em seguida uma nova namorada. No entanto, os fantasmas do seu “pecado” o perseguem no seu recomeço. Neste momento, ele está passando por um processo de reinserção social e enfrentando fora dos muros da prisão um mundo adverso e repleto de pré-conceitos. Precisava lidar com a sua “doença” e ao mesmo tempo lidar com as pressões sociais daqueles que esperavam que a qualquer momento Walter fosse cometer os mesmos erros. Considerado por todos um monstro, ele precisava estabelecer uma confiança acerca de suas potencialidades realizadoras e inatas. Durante todo o filme é perceptível a constante luta de Walter para se tornar uma pessoa “normal” que para ele era ser capaz “de olhar para menininhas, até conversar com elas, e não pensar em...” abusar delas. Trata-se de uma busca para ser tornar um Ser humano. Remetendo a visão de homem rogeriano todos tem essa capacidade de alcançar a sua plenitude, assim essa abordagem considera que o ser humano, assim como os organismos em geral, possuem uma tendência inata para o desenvolvimento e expansão harmônicos de si mesmo, ou seja, esse desenvolvimento é sempre em direção a uma completude, abrangendo as suas capacidades inatas de criatividade e auto-avaliação, sendo que todos os organismos estão sempre em constante auto-construção. Dessa forma, o homem é “um ser concreto, situado historicamente, criador e transformador da natureza e de si-mesmo, através das relações que estabelece com outros homens” (FREIRE, 1987 apud HOLANDA, 2003). Só que esse crescimento em direção a completude só acontece quando se dá condições para isso, no caso do personagem do filme as condições não eram as mais propicias nem na sua relação com terapeuta, nem em suas relações sociais. Na pessoa da namorada Vicki surge a possibilidade de um recomeço e na efêmera relação existente entre ele e uma desconhecida menina ele percebe que tem sim capacidade de auto-construção.
Essa cena é uma peça chave do filme, onde Walter demonstra profunda empatia pela menina que é abusada sexualmente pelo pai. Neste momento, percebe-se que ele pode sim deixar o papel de monstro, o Lobo Mau e alcançar o perseguido status de Lenhador que rasga a barriga do Lobo e salva a Chapeuzinho Vermelho, o que no filme foi representado pela cena onde ele bate violentamente em outro pedófilo. No que se refere à relação terapêutica estabelecida no filme, a personagem não encontra condições básicas (compreensão empática, consideração positiva incondicional, congruência, etc) para a reorganização de sua personalidade. O estado de congruência do terapeuta delimita uma maneira de ser da pessoa na relação. Trata-se do que Rogers define por autenticidade, sinceridade” (HOLANDA, p 92). O terapeuta deve se mostrar presente na relação e “ser o que realmente é”, não se escondendo através da máscara do conhecimento, com isso o cliente experimentará um sentimento de segurança que dará possibilidade de crescimento. A outra condição refere-se à forma como se percebe o outro, assim a aceitação positiva incondicional é positiva, prospectiva e acima de tudo um interesse no ser do outro. Na terceira condição “o terapeuta deve experimentar uma certa compreensão empática em direção ao cliente, a partir do ponto de referencia deste.” Pode-se dizer então que dar essas condições durante a relação terapêutica é partir para um processo pelo qual se busca o Ser da pessoa, que nada mais é que sua identidade definida a partir das suas relações.

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A ESCUTA PSICOLÓGICA DAS PALAVRAS: UMA MENSAGEM A SER DECIFRADA

 No aprendizado acadêmico de uma maneira menos tradicional através de um tema específico tendo varias abordagens que se posicionaram segundo no que acreditam.  A escuta psicológica que foi o tema discutido, independentemente de qualquer abordagem é não é apenas olhar para o cliente, apenas prestar atenção. São necessárias posturas intelectuais e comportamentais adequadas, a postura comportamental se baseia no cliente precisa saber que o psicólogo está ouvindo. Acredito que a maioria das pessoas que procura um psicólogo o faz porque não tem com quem conversar abertamente, ou porque tem medo de conversar com as pessoas disponíveis. O psicólogo, então, cumpre o papel de ser aquele que ouve com atenção. Olhar para o cliente, expressar-se não - verbalmente em coerência com o que ele diz balançar a cabeça para cima e para baixo, olhar nos olhos (não fixamente), manter braços descruzados, são algumas posturas não-verbais que indicam interesse. Muitos clientes podem se beneficiar grandemente apenas com essa demonstração de interesse. Pratique-as com colegas e familiares. Falar abertamente frases como “entendo”, “imagino como foi difícil”, “nós vamos lidar com esse problema”, etc., são indicativos bastante fortes de que se está prestando atenção. Outros poderosos indicativos são paráfrases e resumos do que o cliente disse. Use-os à vontade, apenas cuidando para não se tornar enfadonho. Enquanto na postura intelectual o que pode fazer um psicólogo que ouve e não compreende o que ouviu? Absolutamente nada. É fundamental ser capaz de interpretar, abstrair e sintetizar os elementos mais importantes do que o cliente diz. Além disso, é necessário relacionar esses elementos com o que se conhece de teoria. A integração do que o cliente descreve com o conhecimento teórico do psicólogo fornece as bases para o planejamento da intervenção. Para ouvir, em outras palavras, é preciso entender. A melhor maneira de treinar essa habilidade é por meio de muita leitura, muita conversa e elaborar resumos dessas leituras e conversas. Esse treinamento, além de melhorar a prática profissional, soma conhecimentos ao psicólogo. Estudar, raciocinar, refletir, criticar, pensar, enfim, são habilidades fundamentais e necessitam ser exaustivamente treinadas, e ter empatia.
Em suma, de acordo com varias abordagens discutidas a mesa redonda se iniciou com a abordagem da psicologia organizacional que enfatizou a escuta e comunicação nas organizações para ter um bom relacionamento organizacional, bom crescimento profissional.
Na psicologia escolar descreve que se deve ouvir a escola, englobando a comunidade e o lar todo o contexto onde o aluno está inserido, as subjetividades em relação às demandas.
De acordo com a psicologia clinica que abordou a psicanálise, é necessário escolher qual o ouvido que vai ouvir compartilhando caso se houver uma equipe multidisciplinar
E na psicologia hospitalar a escuta e voltada para dor, morte e a tristeza para desenvolver os diagnósticos como o diferencial e situacional. Com a subjetividade, manifestações psíquicas diante do sofrimento.
Diante dessas abordagens podemos fazer um comparativo com as matérias ministradas no sexto período como a avaliação psicológica e psicodiagnóstico em relação da importância da escuta psicológica, pois ambas as matérias necessitam inicialmente de uma entrevista e uma boa relação entre psicólogo e paciente, ter também boa observação nos primeiros momentos para um bom diagnóstico avaliar através de uma boa escuta o que o paciente traz de bom e ruim focando se a presença de uma psicopatologia.
Concluindo, de um modo geral a escuta psicológica faz toda diferença na hora de um tratamento seja ele qual for, mas é necessário que o psicólogo tenha um autoconhecimento e seja empático trazendo ao paciente uma relação confortável e lhe dê bons resultados.

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SINAIS, SINTOMAS MAIS SIGNIFICATIVOS DA PSICOPATOLOGIA E SUAS FORMAS.


De acordo com estudos exploratórios e analíticos, embasados nos conceitos teóricos, como, BLEULER (1911) que referiu o termo esquizofrenia pela primeira vez. Para ele os sintomas fundamentais desta doença seriam a perda de associação entre as diferenças funções psíquica, ambivalência afetiva, embotamento afetivo e autismo
Como fonte de varias abordagens, foi possível averiguar no filme: UMA MENTE BRILHANTE, uma breve análise, no autor principal e sua psicopatologia, não deixando de ressaltar os fatores desencadeantes como os aspectos psico-sociais.
  Os sintomas mais óbvios e importantes analisados no paciente sejam os cognitivos principalmente a esquizofrenia (CID – F20.0 - A esquizofrenia paranóide se caracteriza essencialmente pela presença de idéias delirantes relativamente estáveis, freqüentemente de perseguição, em geral acompanhadas de alucinações, particularmente auditivas e de perturbações das percepções. As perturbações do afeto, da vontade, da linguagem e os sintomas catatônicos, estão ausentes, ou são relativamente discretos.) que durante sua vida acadêmica, Jonh sofria varias alucinações, que são experiências perceptuais sem fundamentação na realidade, mas que para ele se tratava do real. Em relação aos seus delírios (CID- F22.0 -  Transtorno caracterizado pela ocorrência de uma idéia delirante única ou de um conjunto de idéias delirantes aparentadas, em geral persistentes e que por vezes permanecem durante o resto da vida. O conteúdo da idéia ou das idéias delirantes é muito variável. A presença de alucinações auditivas (vozes) manifestas e persistentes, de sintomas esquizofrênicos tais como idéias delirantes de influência e um embotamento nítido dos afetos, e a evidência clara de uma afecção cerebral, são incompatíveis com o diagnóstico. Entretanto, a presença de alucinações auditivas ocorrendo de modo irregular ou transitório, particularmente em pessoas de idade avançada, não elimina este diagnóstico, sob condição de que não se trate de alucinações tipicamente esquizofrênicas e de que elas não dominem o quadro clínico.) Possível também analisar em relação ao seu comportamento delirante de perseguição nos quais o indivíduo. Uma presença de inundação cognitiva, ou seja, uma sobrecarga de estimulo demonstrou claramente a pressão de ser ou sobressair aos colegas, prestando atenção em tudo ao seu redor e dentro delas... Em relação ao humor, podemos observar o relacionamento com sua esposa mostrando pouca resposta emocional ou nenhuma... Comparando de maneira negativa, caracterizada por uma ou mais vozes havendo um diálogo como se fosse real.
No decorrer do filme, John se depara com alucinações auditivas e visuais. Vivendo diariamente uma constante alucinação em tudo o que vê e ouve, criando o seu próprio mundo, acreditando que trabalhava para o pentágono (governo dos Estados Unidos) como agente secreto e que lhe foi implantado um chip para as demais missões que ele era convocação para decifrar códigos secretos.
Nas fases da esquizofrenia encontramos na fase prodrômica, na qual John apresentou uma trajetória decrescente passando para uma fase ativa onde os padrões de delírios, distúrbios de pensamento e linguagem tornam-se identificáveis e comportamento tornou-se mais grosseiro e desorganizado, quando John apresentou perante a classe depois de certo atraso. Passando rapidamente para fase residual que é semelhante à fase prodrômica em que os sintomas tornam-se menos claro, fazendo com que as pessoas que convivesse no seu ambiente ficassem perturbadas e sem resposta para o tipo de comportamento de John até que ele é hospitalizado e referido a fase crônica, que tem pouca habilidade social mesmo depois do tratamento.
Nos tipos de esquizofrenia, foi observado a do tipo desorganizado que apresentam sintomas de humor embotado, inapropriado ou tolo, apresentando socialmente retraído e apresentam delírios. No tipo paranóide foi observado os delírios de perseguição e grandiosidade, alucinações.
Para o tratamento da esquizofrenia, há varias abordagens que contribuem com o melhoramento do paciente, sendo que no filme foi usado tratamento de eletro choque e insulinoterapia, mas no caso de John, a intervenção de psicoterapia contribuiria pelo fato que se trata de uma terapia onde a meta é ajudar o paciente a atingir seus insights sobre as causas das dinâmicas dos seus transtornos para que ele pudesse superá-los, observando no filme que foi imprescindível a companhia da esposa que o tempo todo ficou presente durante suas alucinações o que contribuiu para uma melhora significativa. Mas, também era necessário um tratamento multidisciplinar para um melhor resultado. Como nas abordagens fisiológicas com terapia com drogas neurolépticas juntamente com a psicoterapia.

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ANALISANDO O FILME ''PECADOS INTIMOS''

     
Cada indivíduo comporta-se de uma maneira diferente, o que nos permite obter várias interpretações, assim esses comportamentos dizem respeito ao o estudo científico das forças psicológicas que tornam as pessoas diferenciadas e exclusivamente particulares, únicas. Com isso, o presente trabalho que se trata de um “Trabalho Interdisciplinar” realizados por alunos do terceiro período do curso de psicologia, tem por objetivo relacionar a teoria do desenvolvimento moral de LAWRENCE KOHLBERG (1927) com alguns personagens do filme “Pecados Íntimos”.
O estudo do desenvolvimento da moral tem sido estudado por várias áreas da psicologia, sendo que a contribuição de KOHLBERG dominou os estudos sobre a moralidade nas últimas três décadas, retomando e aperfeiçoando o modelo piagetiano. (BIAGGIO, 1997, ESPINDOLA)
Assim KOHLBERG (1927) definiu três níveis, subdivididos em seis estágios do desenvolvimento moral, sendo que cada estágio representa uma definição própria dos conceitos morais básicos, estabelecendo entre eles uma sequência hierárquica de progressiva diferenciação e integração. Os tipos superiores de pensamento moral interagem e substituem os inferiores. Estes estágios são universais e definitivos, verificam-se em todas as culturas e sucedem-se segundo uma sequência invariável. Uma vez atingindo um estágio superior não há retrocesso. Os estágios então traduzem formas cada vez mais elaboradas e racionais de justificar as decisões e de solucionar os conflitos. (BRANCO, 1996)
No filme “Pecados Íntimos”, deparamo-nos com personagens de diferentes personalidades e que de certa forma se enquadram nos estágios do raciocínio moral estabelecidos por KOHLBERG (1927). Estes são pessoas que estão envolvidos em situações conflitantes e que submergem a questão do desenvolvimento da moral, as regras, a noção de certo ou errado, enfim, são indivíduos que ao mesmo tempo que estão “presas” a um estágio estão também em busca do desenvolvimento e até mesmo do progresso. Por isso a análise da teoria de KOHLBERG, relaciona-se com alguns personagens do filme.
No Nível I, o da moralidade pré-convencional, KOHLBERG (apud HELEN BEE, 1997) coloca que os julgamentos dos adultos baseiam-se em fontes autoritárias que sejam superiores a eles, e o que as pessoas utilizam para julgar o que é certo e errado é mais externo do que interno. E consequentemente é o resultado de suas ações que determina a correção ou o erro das mesmas.
Estágio I – Orientação para a punição e a obediência. Segundo os escritos de KOHLBERG (apud ROBERT V. KAIL, 2004), o estágio mostra que as pessoas acreditam que os adultos distinguem o certo do errado, contudo, uma pessoa deve fazer o que os adultos julgam ser certo para evitar a punição.
Estágio II – Individualismo, propósito instrumental e troca. A ação moralmente correta é definida em relação ao prazer ou satisfação das pessoas. Mas também levando em consideração a preocupação com o outro em beneficio próprio ( KOHLBERG apud HELEN BEE, 2003)
No nível II, o convencional, de acordo com KOHLBERG, (apud ROBERT V. KAIL, 2004), ressalta que a tomada se decisão dos adultos é baseada em normas sociais e no que é esperado pelos outros.
Portanto no estágio III, o da moralidade do bom garoto, da aprovação social e das relações interpessoais, o comportamento moralmente certo é o que ganha a aprovação de outros. Neste estágio, surge a concepção de equidade através da qual a concordância de que é justo dar mais a uma pessoa que esteja desamparada (BIAGGIO, 1997).
E no estágio IV, o da moralidade do sistema social, os adultos prezam que os papéis sociais, as expectativas e as leis existem para manter a ordem e o bem em uma sociedade (ROBERT V. KAIL, 2004).
No terceiro e último nível o pós-convencional, as decisões morais se baseiam em princípios morais pessoais (KOHLBERG apud ROBERT V. KAIL, 2004).
Estágio V – A orientação para o contrato social democrático. As leis não são mais consideradas válidas pelo mero fato de serem leis. O individuo admite que as leis ou costumes morais podem ser injustos e devem ser mudados. Obrigação de cumprir a lei em função de um contrato social: protege seus direitos e os dos outros. Distinguem perspectivas, coordena-as e começa a hierarquizá-las do ponto de vista de uma terceira pessoa moral, racional e universal (BIAGGIO, 1997; ESPINDOLA, ANO).
Estágio VI – Orientação por princípios éticos universais. KOHLBERG (apud HELEN BEE, 1997), definia que nesse estágio o adulto elabora e segue princípios éticos para determinar o que é certo ou não. E esses princípios éticos são parte de um sistema de valores articulados e integrado, sendo analisado com cuidado e consequentemente sendo seguido.
O que pode ser percebido nesse ultimo nível é que, em relação ao desenvolvimento moral, é improvável que alguém cujo pensamento ainda é egocêntrico tome tais decisões morais, pois depende muito da experiência do individuo, levando-o a reavaliar o que é certo e justo. (KOHLBERG apud DIANE E. PAPALIA, 2000)
Para tal análise foram escolhidos quatro personagens marcantes do filme, sendo eles: Ronnie, Brad, Sara e Larry.
Ronnie é um personagem extremamente complexo devido ao seu passado, pois ele é um homem de 48 anos e que está se adaptando a um regime condicional, depois de ter ficado dois anos na prisão por ter se exibir a um menor. Ronnie mora com sua mãe que sempre o defende. Aterrorizados, os vizinhos formam um comitê de pais, onde um dos membros é um ex-policial que persegue Ronnie e sua mae, insultando-os quase todos os dias quando passa em frente a sua casa. Em uma dessas discussões, a mãe de Ronnie passa mal sofrendo um enfarte e acaba falecendo, o que deixa Ronnie transtornado levando-o a cortar o próprio pênis após ter lido uma carta deixada pela mãe onde ela pede para que ele se torne um “menino bom”. Após Ronnie ter cometido essa loucura ele vai até uma pracinha onde havia parquinho infantil, ele sangra e chama pela mãe de forma infantilizada. Enfim, o que acontece é que Ronnie obedece a sua mãe como se fosse uma criança que recebe ordens dos pais, pois ele só seria “um menino bom” se cortasse o seu pênis, pois assim não cometeria mais nenhuma atrocidade. Com isso podemos fazer uma ligação com o Nível e Estágio I da teoria de KOHLBERG (1927), que é o estágio da orientação para a punição, ou seja, se a criança é castigada e o comportamento for errado e se ela não for punida, significa que o comportamento está certo, elas, portanto obedecem aos adultos por estes serem mais fortes e autoritários. Percebe-se então que Ronnie aceita as regras morais que deriva da autoridade da mae, elas são aceitas de forma incondicional e a fim de evitar castigos. O caso de Ronnie é de uma pessoa que não sabe que cresceu, é justamente da regressão a uma fixação anterior da libido, na forma infantilizada como ele exerce sua sexualidade.
Brad é um homem casado e tem um filho. Aparentemente tinha uma boa relação com sua esposa, mas no fundo era insatisfeito com a vida que levava, pois sua esposa cobrava que ele passasse na prova da OAB, e que não ficasse apenas cuidando do filho e da casa enquanto ela tinha uma carreira profissional estabilizada. Mas não era o que Brad queria, pois ele gostaria de ser livre, de viver uma vida sem muitas cobranças, mas ao mesmo tempo estava em busca de prósperas mudanças. Então em um de seus rotineiros passeios com seu filho ao parquinho e a piscina do bairro, Brad conhece Sara, uma mulher casada que também está em busca de mudanças em sua pacata vida. Os dois se envolvem em uma aventura amorosa e sem se preocupar muito com os filhos e tão pouco com os respectivos parceiros, Sara e Brad decidem fugir. Essa situação pode ser comparada com o Estágio II, o do individualismo, propósito instrumental e troca, pois, Brad agia de forma que sua ação traria satisfação apenas para ele mesmo, não pensando nos outros ao seu redor e a atitude de fugir evitaria punições, pois ele não teria que dar explicações a sua esposa sobre o que se passava. Mas no final do filme Brad retoma seus conceitos, devido a um acidente que sofrera e decide não fugir e sim ficar com a mãe de seu filho.
KOHLBERG (apud HELEN BEE, 2003), no Nível II da moralidade convencional, no Estágio III, o das expectativas e dos relacionamentos interpessoais mútuos e da conformidade interpessoal, nos mostra que a tendência das pessoas é de que elas acreditem que o bom comportamento é aquele que agrada as pessoas. Essas podem ser tanto da família ou não, ficando claro para ela que o que realmente importa é ser bom. Assim sendo, podemos relacionar esse estágio como a personagem Sara, pois ela é uma mulher casada e tem uma filha, mas não está satisfeita com sua monótona vida de dona de casa e com seu casamento, portanto ela está em busca de uma auto-realização e em busca de ser boa o tempo todo, principalmente em relação à sua filha. E isso fica mais evidente quando Sara se envolve com Brad, um homem com os ideais de vida parecidos com os seus. Assim ela tenta fugir com ele levando Lucy. Até o momento Sara pensava somente em se livrar de um mau relacionamento que vivia dentro de casa e ser feliz com uma aventura amorosa, portanto agradando o seu novo parceiro e assim ela acaba esquecendo sua própria filha. Mas o mais interessante é notar que no final do filme Sara se depara em uma situação onde sua filha diz a ela “que tudo vai ficar bem” e ela retoma o conceito trabalhado por KOHLBERG (1927), onde ela tenta ser boa, não fugindo mais com Brad e ficando com sua filha e esse ultimo fato pode ser comparado com o estágio III, o da moralidade do bom garoto, da aprovação social e das relações interpessoais.
Larry é um dos personagens mais polêmicos do filme, devido a sua grande perseguição ao personagem Ronny. Talvez ele tivesse essas atitudes devido ao seu traumático passado, pois ele havia assassinado uma criança acidentalmente e com isso foi afastado do corpo militar e passou a liderar um grupo contra, portanto ele colocava sempre a moral em primeiro lugar. Mas sempre que voltava ao passado, Larry tinha dificuldades de enfrentar a situação. Diante disso, podemos fazer uma ponte com os estágios IV e V do desenvolvimento moral de KOHLBERG (1927) que são respectivamente: o da moralidade do sistema social e o da  orientação para o contrato social democrático, sendo que no primeiro o teórico diz que os papéis sociais dentro de uma sociedade existem para manter a ordem e promover o bem as pessoas, então percebemos que Larry perseguia veemente Ronny por achar que assim estaria protegendo a vizinhança e a sociedade contra a pedofilia. Já no estágio V, percebe-se que o que ocorre é uma mínima mudança, pois o sujeito adere a um “contrato social”, onde as expectativas e leis beneficiam a todos os membros do grupo, ou seja, Larry fez de tudo para proteger a sociedade contra o pedófilo, criando o “grupo de pais”
Em relação ao estágio VI que é o de princípios éticos e morais, não foi encontrado no filme nenhum personagem que se enquadrasse para tal análise, pois trata-se de um estágio em que o individuo precisa ter um desenvolvimento moral bem elaborado e consistente, o que não é o caso dos personagens do filme.
Analisando os estágios do desenvolvimento da moral, conclui-se que diante os mesmos podemos dizer que um indivíduo passando pelo desenvolvimento moral, pode ocorrer variações dentre os seis estágios, não indicando que eles tem sido anulados ou perdidos, mas sim que a complexidade e a variação perspectiva dentre aos decorrentes estágios, mostra o quanto eles se diferem e podem se repetir diante dos indivíduos, ou seja, KOLBERG (1927) sugeriu que esses estágios formam uma sequencia invariável, sendo que os indivíduos passam por eles na ordem listada e apenas nessa ordem. Assim, se sua perspectiva dos estágios está correta, então o nível de raciocínio moral deve estar fortemente associado à idade e ao nível de desenvolvimento cognitivo. (ROBERT V. KAIL, 2004)
O sexto estágio, relacionado aos princípios éticos e morais, não pode ser identificado com nenhum personagem, pois estes não seguem princípios éticos e morais que são descritos em tal estágio, pois “o nível de raciocínio moral deve estar ligado ao comportamento moral”. (ROBERT V. KAIL, 2000).




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COMO A EQUOTERAPIA PODE SER IMPORTANTE NA PSICOMOTRICIDADE


Primeiramente é necessário conhecer o conceito sobre equoterapia como um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas de deficiências e ou de necessidades especiais. Essa interação entre o cavalo e o praticante permite uma auxilio no mundo sensorial e no emocional. Mas para fazer avaliações respeitando as limitações e potencialidades prestando ajuda a equipe na elaboração do plano de tratamento, estando atento às alterações de comportamentos e dos sentimentos desencadeados será necessário a intervenção de um psicólogo.  Os exercícios psicomotores têm como um objetivo a interação do sujeito com o meio físico, trabalhando relação que se estabelece entre a consciência deste e o mundo que a cerca mostrando a importância do movimento como um componente essencial da estrutura psicológica do eu.
Com isso a psicomotricidade traz uma grande importância na equoterapia fornecendo elementos para que o praticante possa construir seu desenvolvimento global, através de seu próprio corpo e da relação do corpo com o próprio ambiente. Tocando, apalpando, correndo, cheirando, observando, que a criança desenvolve seu físico, realiza seu conhecimento, elabora seus conceito, despertando suas emoções, enfim, percebe o mundo que acerca e constrói um mundo interior, trazendo conceitos relacionados ao esquema corporal possibilitando a pratica de tomar consciência do corpo por intermédio da experiência corporal, podendo perceber o mundo a sua volta.
A importância da psicomotricidade na equoterapia envolve o ritmo estimulado pela passada do animal, o uso de objetos sonoros e sons produzidos pelo ambiente, a percepção é estimulada pelo tato e demais sentidos, a cognição faz com que o praticante classifique, ordenem,analise e solucione problemas. A atenção se torna uma concentração eletiva da atividade mental e a concentração dirige a atenção para alguma coisa durante um tempo considerável.
Por fim, a équoterapia pode ser considerada também um parâmetro de controle ambiental para ajudar na reorganização de um movimento, levando a novos padrões de movimentos coordenados, trazendo benefícios psicomotores como: melhoramento no equilíbrio, coordenação motora, melhora a postura, adequação do tônus muscular relaxamento ou aumento do tônus, linguagem, fala entre outros. Também traz benefícios físico, sociais psicológicos e psicopedagogicos.

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VARIAS TEORIAS DA PERSONALIDADE


 HUMANISTA E EXISTENCIAL

Os questionamentos de como podemos compreender personalidades como de Gandhi, chamado de Mahatma ou alma grande, levando uma vida coma retidão. Foi sua força para se tornar um dos mais influentes lideres da história humana, ficaram nas incertezas humanas, contudo, mesmo as crianças pequenas querem saber sobre a morte... E qualquer perspectiva que evidencia as diferenças individuais na abordagem humanista e existencial da personalidade.

EXISTENCIALISMO

Sendo um campo filosófico, reflete no estar no mundo que provoca uma idéia de positiva visando uma evidencia positiva com as leis que dominam o comportamento dos objetos do mundo. E para que essas leis tornassem concretas foi possíveis alguém pensasse nelas de uma forma existencialista.




ALTERNALDITAVAS AO POSITIVISTMO
A idéia de mundo é uma interpretação inconfundivelmente humana, tendo uma tendência filosófica existencial valida para a psicologia da personalidade. As teorias surgem na tentativa de evidenciar apenas auto-imagens e estruturas cognitivas ou exclusivamente contingências ambientais devendo fracassar.
O exame existencial não esta sintonizado para revelar inconsistências lógicas ou racionais dessa abordagem que não leva em conta por que pensamos dessa forma, mas que pensamos dessa forma.

A VISÃO FENOMENOLOGICA

Uns dos grandes pontos da abordagem existencial são considerados como fenomenológicos onde as percepções ou realidades subjetivas das pessoas sendo considerado valido para investigação.
Em virtude, é exagerado achar que as pessoas são controladas por leis físicas imutáveis, ou seja, as pessoas não podem ser vista corretamente como peça vasta engrenagem. Portanto, incentiva teorias que levam em conta problemas de iniciativa individual, criatividade e auto-satisfação.

HUMANISMO

Sendo um movimento filosófico que enfatiza os valores ou méritos do individuo e a centralidade dos valores humanos. Com essa abordagem a personalidade encarrega-se de assuntos sobre ética e valor pessoal. Várias abordagens concentram-se em estabelecer até o nosso comportamento é controlado por forças inconscientes ou experiências anteriores.
Atribuindo a um papel ao espírito humano o humanismo se torna mais complexo do que o existencialismo, elas enfatizam a natureza criativa, espontânea e ativa dos seres humanos. Normalmente, elas são otimistas, como ao concentrarem-se na nobre capacidade humana de superação a privação e a desesperança.
As relações com outra pessoa definem nossa condição humana no conceito do “ser”, ressaltando a qualidade especial efetiva e consciente dos seres humanos. A vida se desenvolve a medida que as pessoas criam o mundo para si mesmas.
A exploração do potencial humano iniciou-se na década de 60 como um movimento de abordagem existencial-humanista da personalidade que através de reuniões com pequenos grupos foi possível uma introspecção entre as pessoas encorajadas.

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